Luanda - Promessas não cumpridas podem dar origem a uma vaga de manifestações por parte de elementos pertencentes ao Ministério do Interior, insatisfeitos com o tratamento que têm merecido do órgão de tutela. São mais de três mil homens que prestaram serviços à polícia nacional e que foram convocados de várias províncias para serem reenquadrados depois de requalificados.

Fonte: UNITA

Estiveram primeiro no Capolo 1 e mais tarde foram mandados para Capolo 2, onde se encontram actualmente sentindo-se abandonados. De lá para cá “nem água vai nem água vem”. “Assim que viemos na Escola número 2, houve grupo que tirou imagem e o resto do grupo não tirou”, revelou um dos afectados, queixando-se do tempo que se alastra sem solução definitiva do seu caso.

O Ministério Interior e o Comando Geral da Polícia estão informados do que se passa, mas tardam a dar solução, que segundo os insatisfeitos, passa pelo seu reenquadramento nas fileiras da PNA.

Os policiais estão a caminho de dois anos longe das suas famílias e sentem-se agastados com as consequências que isso causa no seio familiar.

“Viemos das províncias, abandonámos as nossas famílias, mulheres e filhos. Aqui não nos atendem e andamos de baixo para cima, sentados todos os dias debaixo das árvores no Capolo 2. O que nós queremos é quem de direito resolva a nossa situação”, adiantaram.

Os homens da farda azul como também são chamados os efectivos policiais dirigiram os seus apelos às autoridades competentes no sentido de zelarem pela sua condição.

“Nós pedimos encarecidamente, que olhem para nós, também somos parte deste país e contribuímos para essa liberdade, também temos direitos, temos famílias e estamos fora do sistema de emprego, estamos a pedir esmolas, estamos na rua”, afirmaram, alertando que se até o próximo mês de Fevereiro o problema não for resolvido a seu contento, as manifestações de rua serão a saída imediata.