Luanda - O jornalista português Artur Queirós (AQ), assessor do director-geral do Jornal de Angola (JA), José Ribeiro, é acusado pelos jornalistas deste órgão de promover racismo e assédio sexual.

*Joana Silva
Fonte: Club-k.net


Segundo fontes do único diário do país, Artur Queirós regressou a Portugal no dia 2 de Janeiro, depois de ter recebido uma notificação da Direcção Nacional de Investigação Criminal (DNIC), no sentido de ir prestar declarações a esta instituição. Ainda, segundo a mesma fonte, Artur Queiróz terá assediado três jornalistas do Jornal de Angola, a com ele manterem relações sexuais, em termos bastante humilhantes e insultuosos.

 

Por outro lado, as queixas têm-se multiplicado na redacção do Jornal de Angola com o comportamento racista de Artur Queirós, no seu tratamento contra os “pretos”. Chegou mesmo a expulsar da redacção a editora-chefe da página “Gente e fim-de-semana”, Edna Cauxeiro, após uma discussão que chegou até à administração. Os administradores, à excepção do seu protector, o também cidadão português José Ribeiro, defenderam a jornalista.

 

Jornalistas do referido órgão, que preferem o anonimato com receio de perderem o emprego, afirmam que Queirós é useiro e vezeiro nesse tipo de práticas, tendo-se transformado numa pessoa odiada.

 

O comportamento Artur Queirós só se justifica, segundo as fontes, pelo facto de agir como o cérebro de José Ribeiro, assim como é o escriba fantasma dos editoriais que o director do Jornal de Angola, assina com o seu nome.

 

Artur Queirós tem-se notabilizado como o mais vil dos propagandistas que já passaram pela imprensa estatal, sendo o seu tema preferido os ataques contra o seu próprio país, Portugal.

 

A situação está de tal forma grave que já terá chegado ao partido dos “camaradas”, o MPLA, que se mostra incomodado com o clima de tensão actual da redacção do JA.

 

O propagandista português  ganha US $ 12,500  mensais. Tem direito a uma vivenda, cuja renda mensal é de US $7,000, duas empregas domésticas, viagens pagas e outras mordomias.

  

Segundo as mesmas fontes, José Ribeiro está desconsolado e a tentar persuadir Artur Queirós a Angola, sem o qual não consegue trabalhar e controlar a redacção do Jornal de Angola. “O Artur Queirós é um cipaio brutal e eficiente na sua forma de intimidar os jornalistas, censurar e puni-los. Sem ele, o director não sabe como transmitir ordens aos jornalistas”, disse um dos jornalistas.

 

O Club-K soube no local que muitas estagiárias estão a viver momentos de verdadeiro terror, uma vez que foram ameaçadas de despedimento por Artur Queirós caso se recusem a ter relações sexuais com ele.

 

“Queirós sempre gabou-se de ter sido ele quem conseguiu colocar Portugal de joelhos, com os seus editoriais, mas todo o dinheiro que ele ganha transfere para Portugal, e para o Brasil, cidade de Natal, em nome de Cristiane Claude Ribes, que se desconfia ser sua amiga”, adiantam as nossas fontes.

 

O poder de AQ é tanto que, inclusive Filomeno Manaças, director-adjunto do JA, não escapa às ofensas do jornalista português, que o trata como “bandido”.

 

 O Club-K tentou por várias vezes o contacto com o director-adjunto do Jornal de Angola, Filomeno Manaças que está a interinar, na ausência de José Ribeiro, no sentido de ouvir uma versão oficial, mas este não atendeu o telefone. José Ribeiro está em Portugal a tentar o regresso de Artur Queirós