Benguela - Ao dealbar do dia 29, do último mês do ano findo, mal cheguei, à minha cidade, julguei que todos os bovinos tivessem sucumbido, em consequência da propalada seca que assolou o meu Kunene. Mas não. Pois, assim que me alojei, num dos Hotéis, aí bem contíguo do Aeroporto 11 de Novembro, fui servido um suculento prato de carne de boi com “mavanda” (lombi seco) . Sim, não se riam.... esta carne foi mesmo de boi, pois esgangalhara-me todos os maxilares, apesar de religiosamente bem temperada. E lá deduzi: então só morreram as vacas, os bois resistiram!... Mas, ao pequeno almoço, fui servido o saboroso “mahini”(leite azedo de vaca) com pirão de massango. Ali, então, fiquei perplexo sem mais nada entender! Dialoguei com os meus botões: então, as vacas também não morreram!... A comunicação social (TPA, sobretudo)terá exagerado um pouco na informação sobre a dita seca e, consequente morte de todos animais e alguns humanos, ou este “mahini” é importado!?! Não me parecia que fosse o “Oshikandela”(yougurte namibiano)!...

Fonte: Club-k.net
Bem, assim que acabara de desbravar a minha pratada de “carne de boi”, dois antigos colegas e amigos, acompanhados de suas esposas, aos quais antes havia telefonado, sobre a minha chegada (volvidos oito anos que não ia ao Kunene). Depois de alguns copitos de “macao”, N’gola, sumos... à guisa de recepção de visita, como mandam os costume da terra, começa agora um caloroso debate em torno do país! Afinal já somos crescidos e podemos imitir as nossas opiniões... Depressa, porém, percebi que os meus amigos eram menos amigos da verdade, “menos meus amigos” e mais amigos do executivo, que defendiam, com dentes e unhas feitos advogados das causas impossíveis. Falámos sobre quase tudo, sobre o rumo da economia angolana, sobre a situação política e social do país, mas a coisa ficou mais acesa quando ambos começaram a sustentar que em Angola já se fabricava tudo...

 

Já se fabricavam, também, viaturas, pese embora, as peças, os acessórios, os componentes viessem do exterior do país, disseram. Quanta desinformação, disse cá com os meus botões! Interpelei-os, procurando esmiuçar-lhes, inclusive, o significado do verbo "fabricar", que quer dizer: produzir algo a partir de matérias-primas próprias; manufaturar; inventar (algo); forjar, maquinar, mas sem sucesso! A caturrice era tanta que os meus dois amigos, defendiam, categoricamente, que nós já fabricávamos viaturas e que o executivo angolano tudo estava a fazer para começar também com o fabrico de aeronaves do tipo Boeng e outros, tão logo compremos o nosso satélite!... Aí não aguentei mais, ri-me mesmo... E, em seguida, limitei-me a ouvi-los, atenciosamente, pois eles aparentavam ser donos da verdade, dando lições gratuitas a um leigo na matéria que acabara de chegar de Ombaka... Eu estava feito um autêntico réu!... E depois começaram a tratar-me por nomes que, a mim, já não fazem nenhuma diferença, nem assustam, como: este é um "kwatcha"; esse gajo é “do outro lado”, e outros!... Mas que outro lado, afinal? Perguntei-lhes, ironicamente e com muita serenidade... Tinha bebido apenas duas N’golas que me tinham servido em gesto de boas vindas, mas preferi cancelar o apetite, pois parecia que estava em Júpiter a lidar com extraterrestres! Chegaram a dizer-me mesmo que foi bem feito a morte de Kassule e de Kamulingue, bem como, a de Hilbert Ganga! A polícia avisou e foram teimosos, dá nisso, rematavam! Manifestações para que se o país está bom, disse um deles...

 

As manifestações em Angola são proibidas, disse o outro... Não acreditei no que estava a ouvir! Não acreditei que estivesse a lidar com gente íntegro moral e intelectualmente... O ambiente tornou-se tão insuportável e pesadíssimo, para mim! Afinal, vinha de Benguela onde a democracia já tem dado alguns passos adiante, apesar dos pesares. Percebi que não era em vão que se dizia que a democracia em Angola ia a duas velocidades: a de Luanda e a do resto do país. Mas, eu achei mesmo que iria a três velocidades: a de Luanda, a de Benguela e a do resto do país... Em seguida, os meus camaradas anfitriões, levantaram-se, sem sequer pedir licença aos demais, à mesa, numa atitude menos digna e de poucos princípios éticos e de cortesia, para irem segredar, em particular, sei lá o que fosse! É como estivessem a planear algo sobre mim! Nunca tinha presenciado à semelhante intolerância política! Comecei a ver-me num ambiente inóspito e muito estranho! Mas tranquilizei-me, afinal, estava na minha terra e que não devia nada a ninguém, nestes termos, então não havia razões de temer, fosse o que fosse. Julguei, contudo, que estivesse entre antigos colegas e amigos já com algum nível de esclarecimento, já com alguma mentalidade mais democrática e mais globalizada onde a diversidade de opinião fosse encarada com normalidade; onde a diferença de pensamento já não fizesse tanta diferença como nos tempos idos do pioneiro Ngangula. E o curioso, eu apenas estava a usar um discurso mais académico possível, sem entrar, propriamente, em assuntos político-partidários, nem defender o partido X, ou Y. Afinal “estava a ser apenas mais amigo da verdade do que de Platão”, como é da praxe, comigo. Mas nem por isso! Não pus em causa, sequer, que Angola não tivesse o potencial, a capacidade e recursos suficientes, a médio ou a longo prazo, para vir fabricar viaturas, boeings ou seja o que for, mas a verdade é tão crua e nua: Angola ainda não estava a fabricar viaturas, simplesmente, estava a montá-las, disse-lhes. O que já não é mau para o país que veio há pouco do conflito armado, conclui... Afinal teria razão Lopo de Nascimento, ao chamar à atenção de que “os jovens não pudessem perder-se em discussões de infantário que apenas lhes dividem e impedem posições e acções comuns em relação ao que é verdadeiramente importante para o futuro do país”. “Críamos os Estados, fizemos os governos mas falta criarmos a NACÃO; os vossos país e avós meteram-se na Trilha da Libertação que Levou a África à Independência, agora é altura de vocês meterem-se na Trilha da construção da NACÃO”, fim de citação.

Continuei dizendo-lhes, todavia, que o país estivesse a crescer, era um facto inegável. Não obstante, exista uma enorme fronteira entre o crescimento económico e o desenvolvimento; pese embora exista, em Angola, muita distância entre os números da economia do país, provenientes mais do petróleo, relativamente à vida social das populações... Apesar do crescimento económico do país, ainda falha o básico, como a eletricidade, água potável, educação, saúde, saneamento básico... em muitos cantos do país. Por isso mesmo, o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), no nosso contexto angolano actual, ainda está muito aquém do índice elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), órgão da ONU. Esse marcador mede três dimensões: riqueza, educação e esperança média de vida e tem a finalidade de medir, de uma forma mais padronizada, o desenvolvimento do país através do bem estar da sua população. Quanto maior o IDH, mais desenvolvido é o país. O mais recente ranking liberado foi em março de 2013, e de acordo com o “Relatório

 

Mundial sobre Felicidade 2013”, elaborado pela Universidade de Colúmbia para a ONU (Organização das Nações Unidas) os países mais felizes para se viver estão a Norte da Europa, como: Noruega e Dinamarca. Estão classificados em primeiro e segundo lugar, respectivamente, seguindo-se da Suíça. E dos dez países mais altamente desenvolvidos do mundo, em ordem da pontuação do referido Relatório, estão a: Noruega, Austrália, Holanda, Estados Unidos da América, Nova Zelândia, Canadá, Liechtenstein, Alemanha, Suécia e Irlanda. Para meu espanto, nenhum país africano!

Entretanto, gostei de ver a cidade de Ondjiva, e dou mesmo, alguma nota positiva, ao executivo local, apesar de uma ou outra coisa ainda por aprimorar, o que é compreensível... A cidade vai se compondo dos escombros a que tinha sido relegada pelos bombardeamentos dos sul africanos e, de mansinho vai, ganhando, o figurino diferente, próprio de uma cidade moderna. Antigamente, dizia-se, inclusive, que o terreno arenoso e pantanoso de Ondjiva não era propício à construção de prédios, mas hoje, já começam a imergir "aranha céus" e todas as avenidas devidamente asfaltadas e com a merecida rede de esgotos para o escoamento das águas pluviais. Isto é positivo na minha modesta maneira de ver.

A situação de energia eléctrica (que é sistema pré-pago) também pareceu-me ser outro ganho naquela cidade. Nos dias que por lá permaneci não vi um único corte de energia. O projecto de captação de água, vindo de Xangongo também é já um facto, beneficiando milhares de populares, inclusive, as que vivem ao redor da conduta que transporta a água do Xangongo à Ondjiva. Mas, julgo que tem que se fazer muito mais, neste aspecto, a ponto de haver mais beneficiados de água para evitar-se, de futuro, a recente calamidade de seca. A fim de que não volte a dizimar vidas humanas e de animais. Seria de todo louvável que houvesse, igualmente, um projecto de captação de água de Xangongo à Cahama, de modo que beneficiassem, igualmente, as localidades adjacentes como Humbe, Catequero, Chiulo, Mujombe, Huia, enfim... e toda a população. Acredito piamente que a população do Cunene não tem a cultura de dependência de ajudas humanitárias e não é preguiçosa. Dando-lhe o “anzol e não o peixe”; dando- lhe essas condições básicas, sobretudo a água, o próprio governo estaria mais folgado e pouparia muitos recursos financeiros, tanto do orçamentos de estado, como para acudir eventuais calamidades de fome, de seca, de doenças, enfim...

A outra nota positiva que também mereceu realce da minha modesta observação é o engajamento profissional dos trabalhadores do Kunene. Todo mundo no seu posto laboral, com vontade de trabalhar e fazer crescer a província, o país, dando um atendimento mais urbano aos utentes e mais profissionalismo, cuja vestimenta, à executivo, em quase todos os sectores públicos, me pereceu ser uma exigência, tanto para senhores, quanto para senhoras... Muito lindo!

Bem, mas como é óbvio, nem tudo é um mar de rosas!

1. O Kunene, Ondjiva, sobretudo, é uma terra, excessivamente partidarizada pelo MPLA, coisa que até mete nojo e dó, em pleno século XXI! Daí o facto do controvertido debate que mantive com os meus antigos camaradas! Existe naquele meu povo um fanatismo quase doentio e desmedido.

onde se confunde o estado com o partido no poder. Onde se confunde a cidadania com a militância partidária! Há uma promiscuidade de papéis sem precedentes onde todos são tudo em quase tudo! É como que todos tivessem duplo vínculo laboral: emprego e partido! É como que o partido fosse uma “capela milagrosa”, uma mamã Muxima talvez, onde todos afluem, no fim do expediente, para irem buscar a “bênção” e “sorte” para a permanência ou promoção no posto de trabalho... Não me parece, salvo exagero, que haja, pelo menos, um único funcionário público, no Ondjiva, que não seja do partido no poder ou que, ao menos, não o sendo, tenha a “santa coragem” de revelar a sua neutralidade partidária ou pertença a outra força política (de oposição) sem que sofra represálias de vária ordem, desde a despromoção do cargo, a despedimento!... Aliás, esta é uma prática reiterada em quase todo o país! Há, contudo, muitos que exibem os famosos cartões de identidade partidária, com o único intuito de fazer de contas que também “são dos nossos”, como é prática dizer-se... para não perderem o seu pão. Pois, ali, a máxima bíblica, segundo a qual “quem não é dos nossos é contra nós”, cumpre-se à risca e com um rigor inflexível. Entendo, todavia, que faça todo o sentido e oportuno o recado do Dr. Lopo do Nascimento, que julgo de carácter mais interno do que externo: “...Hoje, em muitos países do nosso continente o importante para subir na vida é a cor do cartão do partido, o quimbo de onde venho, ou de que raça sou, e vocês, jovens africanos têm de prepararem-se para ajudar a mudar este critério em favor da educação, formação e competência. E ali no Kunene confunde-se, amiúde, entre o ser angolano e o ser do partido de situação. Não raras vezes, o cartão do CAP, de facto, chega a ter mais validade em relação ao Bilhete de Identidade.

Meus senhores,

Somos todos angolanos de Cabinda ao Cunene e do mar ao Luau e merecemos, todos, sem excepção, as mesmas oportunidades, tal como está plasmado na Constituição da República de Angola, nos termos do artigo 23o. O país só avança com todos os seus filhos, tendo como único cartão: a competência. Sou, “ipso facto”, apologista de que o país, para sair desta partidarização excessiva, a que se encontra, deveria ter, num futuro não muito longínquo, um Presidente da República que fosse apartidário. Que pudesse congregar todas as sensibilidades nacionais. Que fosse, de facto, Presidente de todos os angolanos, sem excepção. Mesmo que venha de algum partido político saído de sufrágio, mas tão logo tomasse posse, abdicasse das funções partidárias e servisse a Nação e o Estado, longe das cores partidárias. Julgo que isso iria acelerar o progresso do país; iria acelerar o processo de reconciliação nacional, em curso, e iria, igualmente, extirpar a “doença” da partidarização das instituições públicas vigente.

 

Tal como no passado onde o Kunene foi a última resistência da ocupação colonial, julgo que o cenário repetir-se-á. Sê-lo-á, novamente, na implantação da verdadeira democracia que se pretende em Angola e para os angolanos. É como que o país ou a província fosse toda uma “chitaca” de um único partido, onde se vê, nas principais artérias da cidade a

 

fotografia, em ponto grande, do “nosso arquiteto da paz”, o que me parece muito caricato! Que a fotografia de um Presidente da República, seja o actual ou o futuro, esteja afixada, em quadro no formato A4, nas instituições estatais, isto é absolutamente normal e pacífico. Agora, colocar a fotografia de um Presidente, que por sinal, é mais presidente partidário, do que propriamente, presidente de todos angolanos, é no mínimo, impor-se a todos aos citadinos daquela urbe. Não acho correcto, nem sou contra a pessoa do Presidente, mas julgo que deveríamos começar a pôr as coisas nos seus devidos lugares se quisermos, na verdade formar uma Nação próspera e digna de respeito. “A NAÇÃO não é de nenhum Partido, é obra de todos e pertence a todos, e quanto mais um País africano avançar na construção da Nação menor será a possibilidade de surgirem as crises que têm afetado o nosso continente, LOPO DO NASCIMENTO.

 

2.Os bairros periféricos, de Ondjiva, maior parte deles, cresceram, desordenadamente, longe dos parâmetros urbanísticos universalmente aceites e, por outra, amaioria dos próprios citadinos daqueles bairros, me parecem não terem muita noção de estética, nem tão pouco bons gostos na concepção de seus projectos ou plantas de residências habitacionais! Qualquer coisinha que se erga, para eles, é uma casa. Entendo, contudo, que “Ubi bene ibi pátria”, mas haja mais estética para termos uma Ondjiva cada vez mais moderna arquitectonicamente.

 

Aonde anda, afinal, o “Projecto de Auto Construção Dirigida? Chamou-me particular atenção um pormenor: não é que nos quintais da maior parte desses citadinos, encontram-se viaturas de última geração!?! De manhã sai desta viatura e de tarde de outra, e assim em diante e todos equipados de Ar Condicionado, ABS e mais... E na sala de estar ou no dormitório? Estão lá ventoinhas a trabalhar ininterruptamente e à velocidade cruzeiro como que de motores de aeronave em movimento se tratassem!... Achei essa cena, um tanto quanto caricata, também! Então como é que um indivíduo tem tantos carros, todos equipados de Ar condicionado e todos extras possíveis no quintal; viaja para o exterior com regularidade, é um “anexo crescido” meia água, só com ventoinhas, fazendo desafio lá dentro e cadeiras brancas de plástico, substituindo os sofás!?! Que mentalidade tacanha! Que luxo na miséria! Não me digam que é falta de dinheiro, porque quem tem dois, três carros próprios, todos top de gama, aufere um salário acima dos “duzentos e”... ou “cento e”..., como é moda dizer- se aqui, na nossa banda, e nem sequer um Ar Condicionado, pelo menos no dormitório, pois no Cunene faz calor de cozer peixe no telhado, é no mínimo, desleixo ou filosofia do não saber viver a vida!... E então, ao invés de se “viver a vida”, em pleno, sobrevive-se apenas, fruto da ignorância; expondo-se à várias alterações climatéricas e acabando infermo...

 

3. Nalguns restaurantes onde pude ter refeições, já se confecciona bem a comida; já é possível comer-se bem e merecer do bom atendimento da parte do garçons. Parabéns! Mas, nalgumas casas onde pude acompanhar a dieta alimentar de algumas famílias, com algumas possibilidades económico-financeiras (sem pretensão de subestimar ninguém), os hábitos alimentares, ainda deixam a desejar! Parece-me que, algumas pessoas, ainda não perceberam que, o ser humano é, essencialmente, aquilo que come e bebe. Dir-se-ia mesmo: “diz-me o que comes e dir- te-ei que és tu”... Além da falta de conhecimento da combinação de nutrientes, calorias, vitaminas...e mais, ingere-se muita coisa importada e o frango é a prioridade. É o frango ao pequeno almoço, ao almoço, e ao jantar e, quase, em sete dias semanais. Agora digam-me: que esperança de vida essa pessoa terá? Que níveis emocionais e de rentabilidade essa pessoa terá no seu local de trabalho? Claro que o governo tem a sua responsabilidade na melhoria de condições de vida das populações, mas as próprias populações também devem aprender mais a valorizar a vida e a definir prioridades. Se comprar tantas viaturas de “último grito” para decorar o quintal e exibir-se com elas na rua ou se equilibrar as suas dietas alimentares.

 

4. Finalmente e, não menos importante, a nova rotunda, que dá à praça e à Santa Clara, ficou muito bem e vai facilitar a fluidez do trânsito, pese embora, alguns dos meus amigos “kupapatas”, desprovidos de noções de código de estrada, que vêm do mato, ora para fazer algumas compras, ora para comercializar algo na cidade, não percebam patavina sobre de que lado da rotunda locomover-se! Uns tentam fazer a rotunda no inverso, outros ainda tentam passar por cima dela, sobretudo, quando se apercebem da presença de um agente de trânsito. Julgo mesmo que isso ainda irá causar muitas dores de cabeça aos reguladores de trânsito. Porém, achei sem graça nenhuma e sem estética, além de muito estreita, a estrada daí mesmo da Rotunda nova que vai à fronteira, passando pelo IMPO. Não entendi o por quê daquelas saliências de estacionamento que colocaram dum lado e de outro da mesma, para uma estrada, por si já diminuta! Além de ser perigoso, de noite, para quem pretende fazer ultrapassagem! Aquilo poderá ser causa de alguns acidentes!

 

5. Enfim, tive conversas com alguns estudantes universitários, daquele Instituto Politécnico Superior, que além de ser o único, e com poucas chances de escolha de cursos, maior parte dos estudantes queixavam-se do facto de terem os mesmos docentes desde o primeiro ano ao último ano do curso! Se for um professor que não “vá com a cara” de um aluno ou de uma aluna, por esta não, anuir ao seu pedido afrodisíaco, então, está condenado a permanecer no primeiro ano, desabafava uma estudante amiga, pela terceira vez no segundo ano de um dos cursos. Entendo que a contratação de mais docentes de outras províncias é muito onerosa, mas acredito que quem é de direito estará atento na criação de melhores condições académicas e quiçá de outros cursos superiores na província e talvez num dos municípios como Xangongo ou Cahama. Acredito no espírito académico e na simplicidade de que tem fama o Doutor Didalelwa.