Benguela - É inquestionável o valioso contributo que o único espaço de debate em Benguela da Omunga “quintas de debate”, tem dado na democratização e no exercício da cidadania. É um lugar de opiniões divergentes, comentários inflamados e contraditórios, tornou-se um lar comum de ideias. Seria desumano pintar o “cenário de conversas” totalmente colorido de belezas e de virtudes.

 Fonte: Club-k.net

Reza a história que Benguela foi sempre uma província agitada, jovens inconformados e lutadores e defensores dos seus valores, não se calavam por tudo e por nada. Muitas organizações não-governamentais nacionais e internacionais promoviam encontros e realizavam actividades e prol da cidadania e da valorização dos direitos humanos, a província tinha atingido um nível de discussão expcecional e maturidade intelectual. Porém, a retirada de financiamento as organizações e a fuga de muita massa cinzenta ao emprego estatal, ao maioritário … fragilizou o debate aberto e sério que Benguela granjeara.

Ultimamente fecharam-se às portas dos debates públicos e baixou consideravelmente o calor democrático, a discussão da cidadania, o respeito e aceitação da diferença ou seja há pouca tolerância, emergiu a confusão quase partidária. A única organização sobrevivente que traz um debate quente é ainda Omunga (nos últimos tempos intermitentes), é hoje o único momento de patriotismo, de desabafo, discussões politicas friccionadas e tendencialmente os oradores deslizam os temas (são da responsabilidade do prelector), há pessoas que defendem mais academia, mais cidadania aos temas pura verdade, no entanto, não se podem ensaiar nos quintas de debate, outras instituições familiar, escolar, laboral, religiosa, politica, imprensa… deveriam permitir e aprofundar o confronto de ideias, habituar ao debate de assuntos de maiores interesses.

Se assim não for, o pior pode acontecer por aquilo que assistimos discursos inflamatórios principalmente de alguns participantes (uma nova geração que não tem outro espaço para apresentar as suas ideias,) esperamos estar errados!

Fecharam à imprensa pública ao debate, desativaram as organizações que sacudiam à província e compraram alguns cérebros , isto facilitou a criação de “focos de conversas” que podem ser mais fatais para cidadania.

 

Haja juízo! Cidadão Angolano