Paris - A petrolífera francesa Total anunciou esta terça-feira, 05, a venda da sua participação num bloco petrolífero no "offshore" angolano à Sonangol por 750 milhões de dólares. O bloco em causa é o 15/06 e a Total detinha 15 por cento no consórcio que tem a licença de exploração. A Sonangol, que detinha 15 por cento, passa agora a ter 30 por cento no consórcio.

Fonte: Lusa
"A venda da nossa participação no bloco 15/06 está em linha com a estratégia global da Total para gerir activamente o seu 'portfólio' e concentrar a sua capacidade de investimento em activos fundamentais em que tem mais interesses materiais", disse Jacques des Grottes Marraud, vice-presidente sénior da Total para a Exploração e Produção em África.

Aquele responsável da Total destacou o interesse da empresa em reforçar a sua actividade no bloco 17, com o projecto CLOV, actualmente em desenvolvimento e também para o desenvolvimento do poço Kaombo, no bloco 32 do "offshore" de Angola.

O projecto CLOV, lançado em 2010 e que inclui o desenvolvimento dos campos petrolíferos Cravo, Lírio, Orquídea e Violeta, é explorado por um consórcio liderado pela Total (40%) e que integra ainda a norueguesa Statoil (23,3%), a norte-americana Esso (20%) e a britânica BP (16,7%).

O bloco 15/06 localiza-se a cerca de 350 quilómetros a noroeste de Luanda, nas chamadas águas profundas e abrange cerca de 2.984 quilómetros quadrados, com uma profundidade de água que varia de 220 a 1.700 metros.

Segundo o comunicado divulgado pela Total, a zona noroeste do bloco, actualmente em construção, deverá começar a produzir em 2015 e espera-se ainda para este ano uma decisão final de investimento para um projecto na zona situada a nordeste.

O bloco é operado pela italiana Eni (35%) e tem agora como parceiros a Sonangol (30%), SSI - uma filial conjunta da chinesa Sinopec e da Sonangol (25%), a norueguesa Statoil (5%) e a angolana Falcon Oil Angola Investimentos (5%), esta última pertencente ao empresário angolano António Mosquito.