Toronto - Agostinho André Mendes de Carvalho é uma das figuras históricas de Angola que dispensa qualquer tipo de apresentação.  Angola não esta de luto simplesmente pelo seu desaparecimento físico, mas  também pelo legado histórico e memórias que se foi. Oxalá que alguém dos seus mais próximos tenha narrações - contos históricos - em primeira mão do nacionalista Mendes de Carvalho e que poderão ser editados um dia.

Fonte: Facebook

Mendes de Carvalho & Biblioteca histórica

Como é de conhecimento geral, a história angolana actual contem muitos aspectos “politizados”. Consequentemente, a história angolana é tida como se fosse um romance literário com pretensões políticas. 

Dito isto, não existem argumentos ou factos lógicos que sustentam a actual história angolana. Não existem contestações de que vivemos de uma história imaginaria e além da realidade. Não existem fontes históricas que nos permita cruzar e confrontar a actual história em Angola. 

Tristemente, legendas históricas como Mendes de Carvalho, por uma ou outra razão  - pelo menos publicamente - nunca revelaram  naturalmente o legado angolano que viveram. Enfim, factos adulterados sobre Angola  em todos os sentidos imaginários.

Os momentos  e situações reais sobre a luta de libertação nacional. Sobre o contestado e polémico Acordos do Alvor e sobre tudo as encruzilhadas existentes no MPLA de Agostinho Neto e do actual presidente são factos que os obreiros da nossa história deveriam ter em MEMORIAS escritas e isentas de pretensões políticas. Paradoxamente, é mais fácil encontrar um livro histórico sobre Angola e escrito por historiadores portugueses em Portugal porque as nossas "vozes vivas" refutam em relatar abertamente as suas experiências.

Com todo respeito e muito humildemente, como um filho de Angola as minhas desculpas pelo atrevimento aqui exposto. É  resultado de muita tristeza -sabendo- que um país num século de comunicação digital e sem limites não é capaz de ter uma história balançada e que reflecte o parecer de pelos menos 70% da população. E como disse perfeitamente muito recente Lopo do Nascimento  que nos falta construir uma NAÇÃO e para tal não é missão de nenhum partido político afirmar-se como NAÇÃO Angolana.

Sentimentos de pesar para a família enlutada em particular e para Angola em geral que acabou de perder um ídolo histórico com o timbre de uma "biblioteca" nacional e que participou directamente para a construção de Angola após o colonialismo e que sempre defendeu a classe operária !!!!!