Luanda -  A exoneração de Fonseca Emanuel Chindondo em Luanda, está a ser vista, como sendo conspiração porque este ter sido um dos Secretários considerapelo elenco que dirigia de trato fácil e rigoroso com os bens do Partido, o que fez com que o Secretário-geral por razões de ciúme e inveja, infiltrasse alguns militantes no Secretariado Provincial de Luanda, que lhe prestavam informações diárias.

 Fonte: Club-k.net

Tal rivalidade foi demonstrada em uma reunião do Secretariado Executivo do Comité Provincial, ocorrida dia 22 de Janeiro de 2014, na qual foi tratado por incompetente pelo Secretário-geral Vitorino Nhany.

Além de tratar – lhe de incompetente, Vitorino Nhany mencionou outros aspectos que aventa – se a hipótese de que estejam também por detrás de sua exoneração por exemplo “por ter alegadamente exonerado o Secretário Provincial Adjunto Osvaldo Júlio sem permissão da Direcção do Partido, por não ter participado na manifestação do dia 23 de Outubro de 2013, por ter feito nomeações sem autorização do Secretário- geral, por ter poucas intervenções públicas na Imprensa luandina, por ter havido pouca produtividade, e ter mesmo ido ao extremo, tratar – lhe incompetente”, pronunciamentos que não agradaram maior parte dos membros presentes naquela reunião.

Um membro do Executivo Provincial de Luanda que pediu o anonimato, não concorda com as acusações feitas pelo Secretário-geral Vitorino Nhany e disse que “ apesar de todas as críticas feitas o ano de 2013 segundo o nossos dados, foi um dos mais produtivos, registamos um aumento de 10.44% de novos membros em Luanda, cresceu o número de Comités Comunais, de zona e Locais, crescimento jamais visto desde 2013. Considera que o que faltou é autonomia financeira do Secretário Provincial para realizar suas actividades políticas – partidárias e lamentou as intrigas que ainda reinam no seio do Partido.

Não acredita que a colocação de outro Secretário, quer seja, natural de Luanda, ou um pouco mais jovem resolveria o problema de Luanda, acho que enquanto o Secretário-geral for o Nhany, teremos muitos problemas, fim de citação.”

Fonseca Emanuel Chindondo é casado, ingressou na UNITA em 1974 no Massivi em companhia dos Generais Nunda, Numa, Adolosi Mango e outros. Brigadeiro na reforma, membro do Comité Permanente da Comissão Política. Formado em Ciência Política pela Universidade Agostinho Neto e Mestrando em Governação e Gestão Pública pela Faculdade de Direito da mesma Universidade.

Fez parte do primeiro grupo de 15 jovens angolanos que tiverem formação militar na Academia Militar de Monduli – República Unida da Tanzânia em 1975. Deste grupo destacam – se Alcides Sakala, Chendovava, Gaio Kakoma, Domingos Ndala entre outros.

Ocupou variadíssimos cargos na UNITA, desde Comandante de unidades militares das FALA, colunas, foi chefe de Departamento de Propaganda Militar Nacional, Secretário do Partido na Jamba (Bastião da Resistência), Vice – governador da Jamba, Secretário do Comité Coordenador do Bailundo, Secretário Nacional dos Recursos Humanos e Vice – Ministro da Comunicação Social no GURN. Empossado para o cargo de Secretário Provincial de Luanda, aos 16 de Janeiro de 2013.

Fonseca Chindondo faz parte de uma família bastante sacrificada na UNITA. Foram executados pelo Dr. Savimbi dois irmãos seus, trata – se de Valdemar Pires Chindondo – ex – Chefe do Estado Maior das FALA e Anibal Piedoso Chindondo “ Comandante Fakayamãle”, por razões passionais e não políticas. Dissemos que foram executados pelo Dr. Savimbi porque até ao momento não existe opinião contrária.

Sua mãe Idalina Njivala Chindondo falecida em Luanda no ano de 2008, também passou por agruras difíceis de contar. Esta senhora mais os seus dois filhos Etna e Fonseca andaram presos e submetidos a trabalhos forçados no Andulo nos anos 1997 a 1999, altura em que os serviços de segurança da UNITA tomou conta deles até 2002.

De lembrar que durante o seu discurso de abertura na IIIa Reunião Ordinária do Comité Provincial de Luanda Samakuva dizia que “não sabia que na UNITA ainda existiam pessoas sensíveis”. Referindo – se ao Secretário Provincial de Luanda como sensível, pronunciamento que não agradou à família Chindondo que nunca considerou – se sensível.

Um analista político chamado a comentar tal pronunciamento disse que “por tudo o que passou a família Chindondo na UNITA, se fosse sensível, jamais permaneceria nela, ou por outra, talvez ocuparia lugares de relevo nos órgãos de decisão, como é o caso da família Chingunji, e outras sacrificadas enfim, o que não acontece”. Pelo que o presidente Samakuva foi infeliz em fazer aquele pronunciamento.