Lisboa - O Vice Presidente, Manuel Vicente, continua a afastar-se dos seus negócios privados, para o que promove, através de intermediários, iniciativas de alienação de participações em empresas e activos afins – nos mercados interno e externo. O fenómeno, assinalado há ca 6 meses (AM 767), mas presentemente em acentuação, é considerado parte de uma estratégia visando cultivar a sua nova imagem de polítco.

Fonte: Africa Monitor

De acordo com análises pertinentes, a referida estratégia, do interesse do próprio regime, não se esgota, porém, em M Vicente; estende-se a outras figuras referenciais da elite política, igualmente detentoras de farto património privado.

O propósito respectivo é o de fazer esbater a ideia, disseminada interna e externamente, da existência de uma relação de promiscuidade entre a alta política angolana e os negócios privados, considerada lesiva dos próprios e da credibilidade do regime.

M Vicente, Helder Vieira Dias “Kopelipa” e Leopoldino do Nascimento “Dino”, têm sido apontados como membros de um núcleo da elite especialmente próximo de José Eduardo dos Santos, no qual estão concentrados e/ou são geridos os mais importantes negócios privados.

Ultimamente foi notado um esforço no sentido de identificar o referido núcleo apenas com L do Nascimento “Dino”, relegando os outros para o anonimato.

L do Nascimento “Dino” não exerce funções políticas publicamente notórias; é adjunto do chefe da Casa de Segurança do Presidente. M Vicente, H Vieira Dias “Kopelipa” e L do Nascimento “Dino”, são vulgarmente apontados como detentores de interesses conjuntos em empresas como a Biocom, DT Group, Kero, Puma Energy e Unitel.

Uma até agora pouco conhecida holding, denominada Cochan, apresenta-se agora, através de um site, como detentora das referidas participações.

L do Nascimento “Dino” identificado como empresário, é apresentado como fundador e presidente da referida Cochan, sem mais referências à composição de outros corpos gerentes.