Luanda - A Angola LNG vendeu o seu primeiro carregamento de gás butano e o cliente foi uma subsidiária da petrolífera angolana Sonangol, segundo um comunicado da empresa enviado hoje à Lusa.

Fonte: Lusa

"O primeiro carregamento foi vendido em regime FOB ('free-on-board', tipo de frete em que o comprador assume todos os riscos e custos com o transporte da mercadoria) à Sonangol Gás Natural, e foi carregado em segurança no navio Astrid", lê-se no comunicado.

As vendas de gás butano pela Angola LNG serão "prioritariamente" para o mercado doméstico, acrescenta-se no comunicado, que adianta que o butano remanescente será atribuído "às afiliadas de todos accionistas da Angola LNG, para exportação, em regime FOB".

No comunicado, que não especifica as quantidades nem o valor da transacção, Artur Pereira, presidente da Angola LNG Marketing Limited, destacou esta primeira venda.

"A expedição e venda deste carregamento de butano para uso doméstico constitui mais um marco importante na história da Angola LNG. Este fornecimento de gás butano pressurizado, bem como os que ocorrerão no futuro, constituem um contributo para as necessidades de energia de Angola e consequentemente para o crescimento e desenvolvimento do país".

O anúncio da primeira venda de gás butano vem na sequência do primeiro carregamento de LPG (gás propano), igualmente vendido à Sonangol, em Janeiro passado.

Lançado em 2007 para aproveitar o gás natural resultante da exploração petrolífera, evitando a sua queima, o projecto Angola LNG reúne a Chevron (36,4 por cento), Sonangol (22,8 por cento), BP Exploration (13,6%), Eni (13,6%) e Total (13,6%) e representa um investimento de 10 mil milhões de dólares (cerca de oito mil milhões de euros), prevendo-se que o projecto tenha uma duração mínima de 30 anos.

O projecto Angola LNG irá recolher, processar, vender e entregar 5,2 milhões de toneladas de gás natural liquefeito (LNG) por ano, além de propano, butano e condensados, a partir da sua instalação fabril no Soyo.

A capacidade de produção é ainda de 125 milhões de metros cúbicos de gás natural para consumo doméstico.

O projecto Angola LNG deverá garantir a entrada de Angola no Fórum de Países Exportadores de Gás (GECF), que tem apenas cinco membros africanos - Argélia, Egito, Guiné Equatorial, Líbia e Nigéria.

Angola é o segundo maior produtor de petróleo na África Subsariana, a seguir à Nigéria.