Luanda - “A UNITA é a única alternância possível para Angola”, assegurou o Deputado Adalberto Costa Júnior. O parlamentar avançou que Angola que não tem alternância, não concluiu o processo de transição para a democracia e de reconciliação nacional é uma ditadura.

Fonte: UNITA

Falando aos militantes e simpatizantes da UNITA em Luanda, que se concentraram no Complexo Sovsmo, para a comemoração do 48º aniversário da fundação do Partido, o deputado enalteceu o percurso da UNITA e o papel glorioso desempenhado ao longo dos 48 anos em prol de Angola e dos angolanos.

“A UNITA está viva e forte”, assegurou o dirigente politico para quem o partido funddo por Jonas Malheiro Savimbi, foi fundamental na luta pela libertação de Angola do domínio colonial português e na resistência à ocupação russo-cubana, tendo sido percursora da defesa da democracia, do pluralismo e da economia do mercado.

“Tínhamos um partido único no poder, com uma economia centralizada e as consequências desastrosas desse sistema que se impos ao pais e aos angolanos”, precisou.

Segundo Adalberto Costa Júnior, a UNITA tem pela frente os desafios da institucionalização das autarquias em Angola, cuja a discussão já foi agendada para ocorrer brevemente na casa das lei. “Nessa altura os angolanos vão perceber quem vai votar a favor ou contra a normalização das instituições”, adiantou.

De acordo com o parlamentar, o desenvolvimento do país e das comunidades está inteiramente ligado ao funcionamento das autarquias.

“O regime que sustenta o actual governo está a negar aos angolanos o direito à normalização das suas instituições ao se opor à aceleração da regularização do poder local”, sentenciou, precisando que enquanto Angola não que dar passos, Cabo é dos PALOP em Africa melhor posicionado nessa matéria, com 20 anos de experiencia, seguido de Moçambique que conta com 12 anos de poder local.

“Os níveis de desenvolvimento que esses países têm, democracia bastante estável e funcional, com os poderes políticos a interrelacionar-se com respeito, não têm nada a ver com a realidade de Angola”, explicou.

Adalberto Costa Júnior criticou o chamou de discursos retóricos e vazios do governo cansado de Angola, que com doze anos de paz e 39 de independência persegue e violenta as mamas Zungueiras que pelas ruas das cidade trabalham para dar aos seus filhos e aos seus lares.

Por ocasião da cerimónia dos 48 anos da fundação da UNITA, foi lida a Declaração do Partido pelo Porta-voz e secretário para as Relações Internacionais,

Alcides Sakala, que passou em revista alguns factos que marcaram a trajetória do Partido, desde a sua criação, a sua participação na luta anti-colonial, a luta pela conquista e implantação da democracia em Angola e o seu comprometimento com o processo de reconciliação nacional e o aprofundamento do estado democrático de direito.

No documento, a UNITA alerta que “não continuará a aceitar as mortes dos seus militantes como as ocorridas em Londuimbali, Cacuaco e Kassongue”, sublinhando que sendo a paz uma conquista de todos os angolanos, compete a todas as forças politicas a sua manutenção.

“A UNITA não pode continuar a pagar sozinha o preço da paz e da reconciliação nacional, com assassinatos de seus militantes, perante o olhar impávido e sereno de quem devia dar um basta a essas atrocidades. Queremos Paz sim, mas não pode ser paz do cemitério”, lê-se na declaração alusiva ao 48º aniversário da fundação da UNITA.