Luanda - O Procurador-Geral da República, João Maria de Sousa, prometeu no dia 24, oferecer duas casas e mais outros bens não especificados, às duas famílias de Isaías Cassule e Alves Kamulingue, mortos por elementos dos serviços secretos angolanos e agentes da investigação criminal quando tentavam organizar uma manifestação em apoio a ex-militares não integrados.

Fonte: VOA

O Procurador-Geral, no entanto, não avançou a data do julgamento, mas pelo que se sabe já foi remetido o processo dos nove implicados ao tribunal provincial de Luanda.

Segundo Horácio Etuvi, tio de Alves Kamulingue, presente na reunião com o PGR, "foi um encontro valioso e que serviu para o ministério público explicar o andamento do processo".

“Foi bom o encontro, falámos mesmo com o chefe da PGR e nos disse que daqui a três quatro dias vamos ser chamados para sermos levados às casas do Zango onde vão dar as duas residências”, disse Etuvi.

Os familiares estavam acompanhados por um membro da associação Mãos Livres, a organização de advogados que defende as duas famílias.

No final do encontro Horácio Etuvi disse que vão continuar a exigir as ossadas de Cassule e Kamolingue porque o pouco que o Estado dá não elimina a dor dos familiares.

“Esta ajuda que a PGR esta a dar é bem-vinda mas não diminui a dor que nós temos e vamos continuar a exigir as ossadas dos nossos parentes porque precisamos de fazer o óbito”, adiantou Horácio Etuvi.

Recorde-se que, recentemente, a Procuradoria-Geral da República disse em Luanda que o processo-crime contra nove presumíveis autores de rapto e homicídio dos dois activistas em Maio de 2012 estava concluído e que tinha sido entregue ao tribunal para julgamento, cuja data ainda se desconhece.