Berlim – Aos 04 de Abril de 2014, Angola comemora 12 anos desde os Acordos de Paz e zero ano de sua presença no seio da Sociedade. Que este dia seja um dia de profunda reflexão para os angolanos e para todos os Povos que se solidarizam com a Angola que clama pelo o bem necessário consagrado nos Direitos Humanos.
                  judex damnatur quum nocens absolvitur

Fonte: Club-k.net
O dia 04 de Abril (Acordos de Paz) está relacionado com temas importantes tais como: A morte do Dr. Jonas Savimbi e a Amnistia, que muitos políticos angolanos ainda não estão aptos para as abordarem.

Quando os dirigentes do MPLA tentam humilhar os da UNITA explicando caoticamente a Lei da Amnistia; têm de se lembrar também e sentir vergonha do crime cometido ao assassinarem o Dr. Jonas Savimbi numa altura em que a Lei da Amnistia encontrava-se em VOCATIO LEGIS.

De entre muitos, que já se aventuraram abordar estes temas esqueciam-se que  a Paz em Angola não dependia da solução biológica do Dr. Jonas Savimbi, algo que o tempo e a própria história  provou  a juventude que é a ponte entre o passado, presente e o futuro.

Por isso mesmo a Sociedade Angolana já não quer perder a oportunidade de usufruir das filosofias deste grande Herói desrespeitado pelo os seus assassinos, cujo seu modelo de governação (a realização das autárquias; solidarizar-se com os angolanos da diáspora; priorizar as necessidades básicas dos cidadãos tais como: a energia, a água, a saúde, a educação, o emprego, a habitação e muito mais) aceite pelo o mundo e almejado pelo os angolanos, ainda não foi votado por dirigentes sem vontade política e que continuam apenas concentrados na defesa dos seus bens ilícitos.

Enquanto alguns dizem que se vai festejar 12 anos de Paz, o Povo que é a maioria diz que vai comemorar 12 anos desde que começou a exigir e a clamar pela a Paz sequestrada, partindo dos Acordos de Luena.

Hoje para percebermos que não foi a UNITA quem começou com a querra, independentemente dos arquivos que provam os assassinatos e os assassinos dos mais de 80.000 angolanos e angolanas a 27 de Maio de 1977 ; o ataque das forças do governo (MPLA) contra apoiantes da UNITA  e da FNLA em finais de Outubro de 1992, o chamado ''massacre de Halloween'' ; inclusivo as fraudes eleitorais e tantas outras provocações; teremos de nos perguntar;

Quantas pessoas já morreram a tiro ou por outro tipo de violência depois da morte do Dr. Jonas Savimbi (22 de Fevereiro de 2002) sem falarmos ainda dos desaparecidos (sequestrados) em Angola?

Em nome da Paz; Unidade Nacional; Transparência e Justiça em Angola, convido os angolanos e todas as pessoas de boa vontade a  honrarem as almas dos nossos compatriotas vítimas da Repressão Política em Angola, nomeada e resumidamente:

Mfulumpinga Lando Victor – Dirigente do PDP-AnA (dia 02 de Julho de 2004).

Kamulingue e Kassule – Antigos Combatentes (dia 27 e 29 de Maio de 2012).

Filipe Sachova e António Zola Kamuku – Dirigentes da UNITA   (dia 03 de Junho de 2013).

Manuel Ganga – Dirigente da CASA-CE (dia 23 de Novembro de 2013).

Mariano Justino Ndavoka, Alberto Nivete e Matias Malanga – Militantes da UNITA (dia 9 de Março de 2014).     

E tantos outros membros da Oposição e Sociedade Civil inclusivo Jornalistas e Activistas dos Direitos Humanos.

Durante os 12 anos de calar das armas, o Governo (MPLA) manteve uma posição, que para além de incompetência no geral também reflete ainda a falta de capacidade de interpretar a Paz e a Anistia. As suas atitudes tomadas desde sempre, promovem o ''Conflito do Papel Social em Angola''.

Ainda em tempos actuais são tantos os vulgarmente  chamados de meninos de rua que ladeiam a capital de Angola e as demais Províncias no interior do país. Este grupo de jovens e adultos em causa, na sua maioria representam um conjunto de pessoas excluídos e esquecidos no processo da Anistia.

Na verdade a lei da Anistia com ou sem a presença daqueles que pensam que a política é limitar-se em humilhar os adversários, seria votada porque foi a decisão do Parlamento Angolano.

É preciso que todo o angolano esteja consciente que uma coisa é ser Presidente da República e a outra é ser um Parlamento; e saber diferenciá-las para que os próximos a falarem da Anistia não venham a cometer os mesmos erros fatais que notamos no dia-a-dia, quando os analfabetos políticos defendem a verdade no tamanho dos seus bolsos.

A lei da Anistia foi aprovada por  Deputados que assumiam a responsabilidade de representar o povo Angolano (no Parlamento) e não por PR José Eduardo dos Santos (em sua casa ou no Bureau Político do MPLA). Por isso não havia necessidade de se usar a política de exclusão ao se conceder a Anistia que fez com que paradoxalmente, as “crianças soldado” não recebessem nenhum tipo de ajuda, pois não foram consideradas combatentes, pela idade.

Hoje, são várias as consequência que se está a viver  no país,  como o fruto do comportamento apresentado pela as entidades que não conseguem interpretar a Paz e a Anistia , tais como: A delinquência e todos outros tantos problemas e as dificuldades encaradas pelo os antigos combatentes.

Num País como Angola que diz viver em  Paz ha 12 anos com recursos suficientes para garantir uma excelente vida social aos seus filhos, já não podia existir um elevado número de cidadãos fora de ensino, por falta de escolas (ensino primário, médio e Universitário).

Num País onde os governantes se orgulham pelo os 12 anos de Paz, os cidadãos ja não estariam a morrer de fome como foi  o caso que se agravou em 2013 no sul de Angola ou mesmo nos hospitais por falta de profissionalismo, medicamentos e outros muitos equipamentos que dignificam um estabelecimento hospitalar, que Angola ainda carece.

Num País onde o Presidente depois dos 12 anos dos acordos de Paz fala de produzir mais e distribuir melhor, também o seu Executivo já tinha que ter a capacidade e maturidade de entender que o exagerado número de mulheres zungueiras também reflete o estado de pobreza no País e também prova que os cidadãos angolanos não se beneficiam de qualquer apoio social do estado.

Porém apesar do tempo de governação do MPLA já ter se esgotado por falta de legitimação, neste âmbito de partilha de ideias ainda apraz-me dizer que o Executivo do senhor José Eduardo dos Santos já tinha que encontrar as políticas preconizadas que pode ajudar as nossas senhoras zungueiras a abandonarem o Ranking dos países com mais vendedoras ambulantes em África invés de violá-las humanamente como temos acompanhado.

Também em 12 anos de Paz os Diplomatas pelo o governo do MPLA já não tinham que continuar a apresentar um comportamento selvagem que tende a manchar a reputação de Angola e vitimar os angolanos (donos do Poder), tanto no interior como no exterior do País.

Ainda ha 12 anos que a desgraça dos angolanos tem vindo a piorar, jamais algum dirigente podia embaraçar a realização das autarquias que pode trazer uma alternância no País descentralizando o Poder e a economia de Angola, onde o Executivo local terá aquela capacidade de resolver todos os problemas de base do cidadão. Estes problemas que fazem com que o angolano se sinta mais estrangeiro em Angola que fora do País.

O Dos Santos e os seus contemporâneos já deviam estar preocupados com o incumprimento das 158 recomendações aceites para a promoção e o cumprimento dos Direitos Humanos em Angola.

A situação no País não está boa. A violação dos Direitos Humanos tem sido o cenário que terroriza a nossa Angola. Se não tomarmos a atitude dum bom cidadão muito antes, o Regime pode tornar o nosso País em um campo de ensaios de armamentos pesados.

É também recomendável o empenho de todos os angolanos independentemente de suas cores partidárias. Porque defender e proteger a Pátria nunca foi a tarefa só dos Partidos Políticos. Vamos continuar a nos inspirar dos nossos antepassados que quando começaram com a luta contra o colonialismo português (a guerra de kuata-kuata) não tiveram os Partidos como factores dependentes e condicionais para defenderem os interesses de a maioria.

*Representante da UNITA junto da Comunidade Angolana na Alemanha