Luanda – Durante muitos anos em Angola, já não se via nem se ouvia falar de perseguição movida por cunho religioso, que atentassem contra a vida de pessoas que procuraram exercitar a sua fé. Mas de um tempo a esta parte, membros da Igreja Tocoista da rua da Cela, Bloco 34, do ex-Bairro Indígena, também conhecido por “Bairro dos Tocoistas” por ser ali onde muitos deles vivem, tem sido motivadores de uma perseguição religiosa sem precedentes ao grupo de oração denominado “Casa de Oração” afecto a Assembleia de Deus Pentecostal (Sede Maculusso).

Fonte: Club-k.net
Este grupo de oração que existe há dois anos tem desenvolvido trabalhos espirituais e social de grande envergadura (entrega de roupas usadas, alimentação, conselhos espirituais…) com mais de (60) moradores de rua espalhados pela cidade de Luanda e apoio socio-educacional e religioso para mais de (200) crianças que nos últimos tempos, também tem sofrido com tal perseguição (ofensas verbais, ameaça psicológicas, etc.) facto este que também tem levado a redução de número de crianças ao nosso cuidado.  

Os membros da igreja Tocoista tem feito tudo para fechar este grupo de oração que hoje tem um cunho social muito forte no antigo bairro Indígena.

Inicialmente procuraram através da administração do distrito do Rangel, administração comunal do mesmo distrito, polícia nacional, fiscalização e da Direcção Provincial da Cultura para forçar o encerramento do grupo de oração.

Felizmente tais instituições nada viram de errado no trabalho espiritual que esta a ser desenvolvido, pelo contrário incentivaram a continuação as actividades espirituais e sociais para a pacificação dos espíritos.

A perseguição continuou até ser envolvido o director provincial da Cultura, Manuel Sebastião, que visitou o local aonde tem sido realizadas as orações e que os membros da Igreja Tocoista, principalmente das duas casas ligadas a “Casa de Oração”, querem fechar usando o pretexto do barulho.

Ouvindo isso o director provincial da Cultura teceu algumas orientações que não foram aceites pelos mesmos, demostrando assim a apetência dos tocoistas pela perseguição religiosa ao referido grupo de oração e uma clara violação aos artigos 41º, nº 1, 10 º, nº 2 e 3, conjugado com o artigo 22º nº 3, alínea b) e 23º nº 1 e 2 todos da Constituição da República de Angola.

Nos últimos (6) meses, o grupo tem sido vítima também de calúnia, difamação e mentiras por parte dos mesmos, que não estando satisfeitos com a decisão da direcção da provincial da Cultura, enveredaram agora para as ameaças de morte motivada por questões religiosas, uma clara violação ao Artigo 70º nº 1 do CRA.

Devido ao agravante da situação, somos obrigados a recorrer as instâncias judiciais para denunciar algumas das pessoas que tem recorrido a pratica das ameaças de morte:
- Danilo Manuel (Marcio)” Se não saíres daqui, serás queimado!” 932249150
- Dona Branca, tia do Marcio “…Aguarda, se não saíres dai, vão procurar pelo Senhor”.  923633837
- Dona Lola e seu irmão António Pódio (Desejado) “…Convém estar pronto porque tens que sair nem que isso custe a minha vida” 946291379
 
Esperamos que os Tocoistas mudem a sua visão e percebam que Angola é um Estado laico aonde não existe preferência de religião e ninguém pode ser perseguido por causa da sua fé.