Benguela - O governador provincial de Benguela Isaac dos Anjos, é descrito como tendo deixado em cenário de  “humilhação”   os antigos responsáveis da África têxtil durante a sua primeira visita as obras de reabilitação da referida fábrica.

Fonte: Club-k.net

O triste acontecimento registou-se quando um grupo de antigos responsáveis da África Têxtil se preparava para entregar um memorando referente a paralisação da fábrica em 1998 e a declaração da sua falência técnica em 2000, deixando no olho da rua mais de 400 trabalhadores que reclamam salários e indemnizações referentes aos 14 anos avaliados em perto de 11 milhões de dólares.

Cem ter aceite receber o documento, Isaac dos Anjos, apontou o dedo aos responsáveis da AT presentes como os culpados da falência técnica e aconselhou-os consultarem a faculdade de economia da Universidade Katiavala Buwila para aprenderem os conteúdos sobre ATIVOS e PASSIVOS de uma empresa.

A atitude de IA está a se encarada por círculos próximos do caso “África têxtil” como contrária a estratégia do MPLA que tem pressionado as estruturas centrais da área de economia para a indemnização total de todos os trabalhadores.

Antes das eleições de 2010, deputados do MPLA do círculo provincial de Benguela reuniram com os respectivos trabalhadores e tinham garantido que tudo seria solucionado e que o presidente Eduardo dos Santos seria posto ao corrente da situação durante a visita que efectuou por altura da campanha eleitoral.

Segundo fontes do Club-K no seio do Comité provincial do MPLA, ninguém reagiu publicamente contra a humilhação pública dos ex- responsáveis da AT por temeram reacções imprevisíveis.

A AT agora sobe  gestão de uma empresa denominada Alassola, no seu conselho de administração pontificam os nomes do empresário Nelito Monteiro e Fernando Andrade como administradores que neste momento trabalham  no perfil de admissão dos mais de mil e 200 trabalhadores, sem darem a conhecer se os filhos dos antigos trabalhadores da AT habilitados poderão ser contratados directamente.

No seio da sociedade civil, as reacções alinham todas em direcção ao abuso do poder e tráfico de influências, assente no facto de figuras de Benguela (homens e mulheres) que desde jovens se entregaram de corpo e alma no projecto fabril têxtil, não terem sido convidados para um lugar na futura direcção da empresa, cuja reabilitação está a ser suportada por uma linha de crédito do governo do Japão avaliada em 480 milhões de Dólares e que os novos “donos” sócios não gastaram um tostão na sua empreitada.