Huambo - Na província do Huambo tem sido uma prática frequente os agentes da polícia recorrer a agressão físicas com recursos a socos e pontapés contra automobilistas indefesos para regularização do transito. O último episódio deu-se no passado dia 19, em que a vítima foi Jorge Correia, um destacado empresário no planalto central que, teria sido espancando brutalmente por agente fardado em plena via pública.

Fonte: Club-k.net

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Em carta dirigida ao comandante provincial da polícia do Huambo, Elias Livulu, o empresário acusa o mesmo agente da polícia de ter feito ameaças de morte contra si na presença do seu comandante.

Na missiva a que o Club-K teve acesso, Jorge Correia conta que, na manha de sexta feira 19, ao pretender dirigir-se, para o seu  local de trabalho, nas instalações da Universal do Huambo, Lda, cita no bairro de São Pedro, na Cidade do Huambo, sentiu a alteração efetuada no Transito por elementos da Policia Nacional que apenas indicavam e usavam o apito sem prestarem qualquer informação aos condutores.

Seguindo a rua 5 no sentido descendente e apanha a rua do Comercio, para seguir no sentido do Caála, para assim que chegasse a rotunda que passa por cima do caminho-de-ferro, podê-la controlar para assim chegar a Universal do Huambo, seu posto de trabalho.

“Eu segui sempre pela direita da Rua, mas quando cheguei, mais ou menos às traseiras do Hotel Excelsior, condutores mais inteligentes forma do lado esquerdo mais uma fila de automóveis, mantendo-me sempre eu na minha mão”, disse Correia.

O empresário acrescenta que “chegado ao fim da Rua e junto a rotunda que passa por cima do caminho-de-ferro está um elemento da Policia Nacional, que apenas acena com as mãos e apita no sentido do trânsito ser desviado para a direita.

Jorge Correia julgava que seria  mais fácil, seguir em frente, fazer a rotunda virando posteriormente a direita para seguir para as traseiras do cemitério municipal.  “Com toda a educação que me é conhecida, abro o meu vidro e pergunto, senhor agente, eu vou para as traseiras do cemitério do S. Pedro, o senhor não me pode facilitar que eu siga em frente??? Este senhor agente apenas apita, eu volto a carga, mas por favor…, entretanto passa por onde eu queria ir uma viatura de marca  i10, vermelho, tão logo esta viatura passa esse senhor agente da autoridade, vira-se para mim e diz: vou dar-lhe nos cornos, seu filho da puta”, relata Jorge Correia na exposição feita ao comandante Livulu (na foto).

Correia prossegue dizendo que “o mesmo vem direito a mim e dá-me um soco na face do lado direito, saio do viatura e pergunto-lhe o que teria eu feito??? e ele diz que eu é que o tinha tratado mal”.  Correia nega ter insultado o agente policia alegando não fazer parte da sua educação.

“Apenas e só não retorqui por respeito a farda que este senhor tinha no corpo. Pois sempre soube e sei respeitar os Símbolos da Nossa Nação Angolana. Não é a farda que faz Homens mas todos os Homens que a vestem e usam devem estar a altura de a usar e de a respeitar. E só por usarem a farda é mais um motivo de mais responsabilidade.”

Segundo Jorge Correia, “na viatura seguiam a minha Esposa e o meu Filho. Fora da viatura ligo para o Comandante Coelho, que estava na entrada da rotunda da Rua S. Pedro. Como não tinha a identificação deste elemento da Policia e ele se tentava esquivar, vou atrás dele e falo com o Comandante Coelho a quem conto a versão real. Mesmo aqui junto do Comandante Coelho ainda sou ameaçado por este elemento da Policia, dizendo que me ia tratar da vida.”

Jorge disse que na ocasião o comandante  Coelho apenas pediu lhe  a ele e   a sua  Esposa para ter calma,  e para aparecer mais tarde Comando para tratarmos do assunto. “As 13h55 chego ao Comando, pergunto pelo Comandante Coelho que me dizem ainda não ter chegado. Envio-lhe um SMS a perguntar se sempre nos encontrávamos aquela hora ou como poderia estar ocupado poderia ser para outra ocasião. Responde-me o Comandante Coelho: “ falamos noutra altura, eu vou tratar de ligar”.

Correio acusa o agente da policia de  abuso de autoridade  e de não honrar a farda que usa. “Penso também, na minha modéstia opinião, que depois deste episódio e depois de toda a cena que se viveu e viu, e que o POVO assistiu, este senhor nunca mais deveria continuar a fazer o trabalho que estava a fazer.”