Luanda - O secretário de Estado da Saúde, Carlos Alberto Masseca, diz não haver razões para o encerramento das fronteiras devido à epidemia do Ébola que afecta alguns países da África Ocidental, embora se tenha decretado um estado de alerta.

Fonte: Jornal de Angola

Carlos Alberto Masseca, ao falar num encontro de concertação com responsáveis pela aplicação do Plano Sanitário Internacional, disse que as populações devem prevenir-se ao máximo, sem contudo criar pânico.

“Não diagnosticámos nenhum caso de Ébola em Angola, pelo que informamos as populações para que continuem a desenvolver as suas actividades sem qualquer receio", referiu.

O encontro, que reuniu os secretários de Estado dos Transportes, Território, director nacional do Serviço de Migração e Estrangeiros, responsáveis das Forças Armadas Angolanas, da Polícia Nacional e o representante da OMS em Angola, apelou para o reforço das medidas de segurança já existentes.

Adelaide de Carvalho, directora nacional de Saúde Pública, disse no final do encontro que das medidas a serem tomadas, a principal tem a ver com o pessoal médico, por ser o primeiro a ter contacto com o doente afectado.

“O profissional de saúde precisa de aplicar as medidas de prevenção e protecção individual e de segurança e conhecer os sintomas, para tão logo detectar um caso notificar e informar as autoridades competentes", disse.

O Ébola é uma doença viral que é transmitida de um doente para uma pessoa saudável. Os sintomas são febres altas durante mais de uma semana e hemorragias em várias partes do corpo.

O representante da OMS em Angola, Hernando Ospina, disse que até agora foram diagnosticados 1.323 casos, sendo um por confirmar, registado na Nigéria.

A doença só se manifesta em 21 dias, após a infecção. A mesma é derivada de macacos e morcegos. Os países mais afectados pela doença são Guiné Conacri, Serra Leoa, Libéria e Nigéria.