Luanda - A implementação de medidas de emergência de controlo do vírus do ebola com objectivo de prevenir e combater eventuais casos da doença que venham a surgir no país consta de um projecto da Comissão Nacional de Protecção Civil.

Fonte: Angop

A informação foi avançada à imprensa hoje, quarta-feira, em Luanda, pela directora nacional de Saúde Pública, Adelaide de Carvalho, no final de uma reunião da Comissão Nacional de Protecção Civil sobre o plano de contingência para o controlo do ebola no país.

O projecto, referiu, prevê ainda estabelecer um mecanismo de coordenação nacional para o controlo da doença, reforçar a vigilância epidemiológica nos pontos de entrada do país e nas unidades sanitárias.

Segundo a responsável, o projecto vai investigar os rumores de casos suspeitos, criar um sistema de transporte seguro de eventuais doentes para hospitais de referência e beneficiar os profissionais de saúde com formação específica sobre o ebola.

“O programa tem como principais metas reforçar a capacidade de vigilância nos pontos de entrada, capacitar 95 porcento dos profissionais de saúde da rede sanitária a todos os níveis, sobre o diagnóstico diferencial e manuseamento de casos suspeitos da doença e assegurar o armazenamento de meios de biossegurança na ordem dos 100 porcento dos hospitais das áreas de risco”, sublinhou.

Nesta fase, precisou, os programas devem estar focados nas questões de sensibilização da população sobre os sintomas, gravidade da doença, assim como nas formas de prevenção e controlo da pandemia.

Incentivou à população a cultivar o hábito de lavar as mãos com água e sabão como uma das medidas para se evitar a contaminação da doença.

“Na fase de pré-epdemia, as medidas de precaução básicas de controlo de infecção devem ser reforçadas em todos os contextos de cuidados de saúde”, salientou.

O ebola é uma doença causada por um vírus que é transmitido às pessoas por contacto com animais selvagens ou indivíduos infectados, manifesta-se por febre, dor de cabeça intensa, mal-estar geral, vómitos, diarreia, tosse e hemorragias.

Desde Março de 2014 que a Guiné-Conakry regista um surto epidémico de doença que se expandiu para Libéria e Serra Leoa, tendo atingido, mais recentemente, à Nigéria.