Benguela - A empresa Horizonte Global promotora do projecto imobiliário Blue Ocean, do ex-vice-ministro das Obras Públicas Armindo kopingo em parceria com o governador provincial de Benguela Isaac Maria dos Anjos, ainda não emitiu o título definitivo de concessão dos lotes, aos cidadãos que já pagaram 10 mil dólares por cada mil metros quadros.

Fonte: Club-k.net

Os cidadãos que já pagaram os lotes, contactados pelo Clube K, afirmaram que apenas têm como documento o borderô do BCI como prova do depósito numa conta denominada “Embelezamento da Cidade” o que na opinião destes não dá qualquer suporte legal que os vincule aos lotes do projecto Blue Ocean.

Junto da empresa promotora do projecto dirigida directamente por dois cidadãos de nacionalidade portuguesa não há informações precisas sobre o período em que os que já efectuaram o pagamento estarão na posse do título de concessão dos referidos lotes, nem o nome da instituição do estado que o vai fazer.

Até ao momento os cidadãos que já pagaram os seus lotes de terra, ainda não conhecem o espaço físico dos referidos lotes, para além da mera marcação no croqui do projecto imobiliário junto da empresa Horizonte Global.

Outra preocupação sobre a transparência do projecto imobiliário de luxo, esta a ser associada por alguns círculos em Benguela ao facto de até ao memento os trabalhos de infra-estruturação da área do referido projecto ainda terem tido o seu início, contrariamente ao anúncio a este respeito proferido pelo governador de Benguela IA a quando do lançamento público do projecto Blue Ocean.

O facto está a criar um clima de tensão entre os compradores dos referidos lotes e circulam neste momento rumores sobre a realização de uma pressão em massa nos próximos dias junto da promotora imobiliária Horizonte Global, caso esta não emita em definitivo um documento legal sobre a titularidade dos lotes já pagos.

A tensão e o aumento de desconfia no seio dos que já pagaram os lotes, está igualmente a ser associada, aos casos mais recentes de burlas nos projectos imobiliários ocorridos em Angola.

O caso mais recente é o da empresa brasileira e Angolana “Build Angola” promotora dos projectos falhados “Bem Morar” e “Quintas do Bengo, com o rosto publicitário da figura mítica de Pelé, onde vários angolanos pagaram as primeiras tranches e até hoje enfrentam batalhas jurídicas junto dos tribunais de Luanda para reaverem os valores já pagos, num momento em que os donos brasileiros desapareceram do país sem deixar rastos, mesmo com a realização de manifestações junto da embaixada brasileira em Angola.

As várias matérias já publicadas pelos órgãos de imprensa sobre o caso Blue Ocean que está a beliscar a imagem transparente do executivo de Isaac dos Anjos, dão conta da recusa por parte do governo de Benguela e da empresa promotora do projecto BO, a Horizonte global, se pronunciarem sobre as reclamações dos cidadãos afectados neste impasse.