Luanda – O Presidente José Eduardo dos Santos prepara-se para retirar a Empresa de Saneamento e Limpeza de Luanda, Lda (ELISAL) das “mãos” do Governo da Província de Luanda (GPL), passando a sua gestão para o Ministério do Ambiente.

Fonte: Club-k.net

A decisão presidencial surge na sêquencia de  propostas  apresentadas pela ministra do Ambiente, Maria de Fátima Jardim, que visam consolidar a implementação do “Plano Nacional Estratégico de Resíduos Sólidos”, que foi aprovado pelo Governo em Agosto de 2012.

Assim sendo, o Ministério do Ambiente passará a ter competências sobre as politicas de gestão dos resíduos sólidos, autorização para construção e outras inicitivas de impacto ambiental.  Para o efeito, um conjunto de leis, a  favor deste Ministério tem sido apreciadas em sede da Assembleia Nacional.  

Foi também já foi submetido ao Conselho de Ministros, para a sua aprovação, documentação que visa dotar o país com uma legislação sobre a gestão dos resíduos hospitalares e serviços de saúde.

De acordo com conhecimento, a ministra do Ambiente tem vindo a realizar palestras e conferências no sentido de prestar esclarecimento a vários estratos da sociedade sobre a política de gestão de resíduos sólidos.

No dia 9 Julho passado, a governante reuniu-se com administradores municipais e agentes de recolha e tratamento de lixo no Lubango, tendo  informando, que o ministério do Ambiente tenciona encontrar um denominador comum para a gestão e tratamento dos resíduos sólidos, bem como propiciar qualidade de vida e um desenvolvimento sustentável no seio da população.

Fátima Jardim falou também do “Plano Nacional Estratégico de Resíduos Sólidos” que no seu entender  visa implementar acções concernentes aos locais onde serão criados os aterros sanitários e sistemas de tratamentos de resíduos, para além do levantamento do número de operadores que exercem esta actividade, para capacitá-los.

As crises da ELISAL

A ELISAL é uma empresa adstrita ao Governo da Província de Luanda cujo objeto social é precisamente a gestão do sistema de limpeza de Luanda e tratamento de fluentes de águas residuais.

Tem cerca de 2000 trabalhadores e uma estrutura orgânica subdividida em uma direcção geral, uma direcção de planeamento e engenharia, uma divisão de operações e outra divisão de saneamento.

Em Fevereiro do corrente ano, a ELISAl-EP foi apresentada num "memo independente" como estando mergulhada numa crise iniciada com a destituição do então Director-Geral Antas Miguel, há três anos atrás. Desde então, esta empresa publica  passou a ser gerida por comissão de gestão (primeiro com Lúcio Martins e depois  Manuel de Jesus  Loth) e actualmente  por  um director interino (Ermelindo Pereira).

No ano transacto, com a mudança de Governador Provincial de Luanda, o eixo de alegados interesses inclinou-se, e Lúcio Martins foi destituído. O novo Governador, Bento Bento, colocou então Manuel de Jesus Loth como Coordenador da Comissão de Gestão da ELISAL-EP até Maio de 2014, altura que foi substituído por  Ermelindo da Silva Gonçalves Pereira.