Lisboa - O Correio da Manhã recorda que o negócio da Escom está a ser investigado pelo Ministério Público no âmbito do caso Monte Branco, que levou à detenção de Ricardo Salgado, ex-presidente do BES.

Fonte: CM/JN

Leopoldino Fragoso do Nascimento, considerado um dos homens mais próximos do presidente angolano José Eduardo dos Santos, é um dos nomes presentes na assinatura do contrato-promessa de compra e venda da Escom em 2010. A notícia é avançada esta segunda-feira, 18 de Agosto, pelo Correio da Manhã.

O jornal recorda que o negócio da Escom está a ser investigado pelo Ministério Público no âmbito do caso Monte Branco, que levou à detenção de Ricardo Salgado, o antigo presidente executivo do Banco Espírito Santo BES.

Segundo o Correio da Manhã, o documento foi assinado por António Ricciardi (pai de José Maria Ricciardi) do lado do vendedor, a Espírito Santo Resources. Como o negócio foi feito através da "offshore" Newsbrook, detida por Álvaro Sobrinho, coube à advogada Ana Bruno a assinatura enquanto representante legal da sociedade, explica o diário.

Do lado do comprador, surgem duas assinaturas: Manuel Vicente, vice-presidente de Angola e à época presidente da petrolífera Sonangol (empresa interessada na Escom) e Leopoldino Fragoso do Nascimento.

Nenhum deles é referido ao longo do contrato. O Correio da Manhã considera o nome de Manuel Vicente "insuspeito, dado o cargo que representava na Sonangol". Já o nome de Leopoldino Fragoso do Nascimento classifica como um "enigma que o Ministério Público procura resolver".

O negócio entre o Grupo Espírito Santo e a Sonangol acabou por nunca se efectivar, levando a petrolífera a perder os 52 milhões de euros de sinal que tinha pago à família Espírito Santo, recorda o jornal.