Benguela -Quatro meses depois do Censo Geral da População e Habitação, assistentes técnicos e comunais da província de Benguela queixam-se de falta de subsídios pelo serviço prestado, chegando a solicitar uma intervenção do governador local, Eng. Isaac Francisco Maria dos Anjos, a quem endereçaram uma exposição, na qual criticam alguns dos procedimentos do responsável pelos Serviços Provinciais do Instituto Nacional de Estatística, José Maria.

Fonte: Club-k.net

Segundo o documento, cada um dos 46 agentes deve receber 330 mil Kwanzas, correspondentes a três meses de trabalho, conforme o estabelecido no contrato. O número de assistentes é de 50, mas, estranhamente, quatro agentes censitários receberam já os seus subsídios, ao passo que os queixosos, a ter em conta as declarações de Zé Maria, terão de aguardar por um sinal do Gabinete Central do Censo.

Esta situação não está a ser bem encarada pela maioria, daí que esteja a suscitar várias interrogações, todas estampadas numa exposição que poderá ser entregue a Isaac dos Anjos, tido como a única entidade «capaz de ajudar a resolver o problema dos ordenados». Não se percebe a razão desta separação, nem tão-pouco o facto de se ter pago a alguns assistentes técnicos comunais e municipais. «O que está na base deste desfasamento?», questionam os jovens.

Perante este quadro, falam em «irresponsabilidade do senhor José Maria», que antes dizia que o problema seria solucionado pelos SPINE. A mudança de discurso, com a «entrega» da maka do incumprimento a Luanda, após várias reivindicações, reflecte, na óptica dos agentes censitários, as «esquivas» de JM, que faltou a um encontro agendado para o passado dia 22 de Agosto.

Sem ter dado «cavaco», limitou-se a reiterar, uma vez solicitado via telefone, que tudo deve ser resolvido pelo Gabinete Central do Censo. A exposição acrescenta que Isaac dos Anjos pode ajudar através de contactos com as entidades de direito e ressalta que os agentes trabalharam com zelo e dedicação em prol dos objectivos a que o País se propôs alcançar. «Em muitos casos fomos ameaçados, era muita a exigência. Antes e durante o processo, deixávamos as nossas famílias logo pela manhã e voltávamos tarde demais. Agora, concluído o trabalho, lutamos pelos nossos direitos», lê-se.