Luanda -  Angola cujo nome etimologicamente provém do termo N ́gola um nome dos antigos reis do Reino do Ndongo, que pertenceu ao reino do Kongo, localizada ao ocidente do continente Africano, com uma economia em franco desenvolvimento, Produto Interno Bruto (PIB) avaliado em mais de 100 mil milhões de dólares, uma taxa de inflação em torno de um dígito (6%), desemprego em torno dos (30-35%), Pobreza (37%), e um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,526 (baixo) e com perspectivas de uma taxa de crescimento de 7,5%.

Fonte: Club-k.net

Um país com forte capacidade de resiliência, viveu por um período turbulento longo, com uma das colonizações mais terríveis da história Africana que durou quase 500 anos, dizimou grande parte dos Angolanos, viveu um período de Escravatura que acabou por exportar grande parte da mão de obra africana, seguido de um período pós colonial marcado por um conflito armado intenso e forte que levou mais de duas décadas.

Grande parte dos feitos alcançados por Angola estiveram sobre a orientação do saudoso e então até altura do seu passamento físico Presidente de Angola, Sua Excia Dr. António Agostinho Neto que soube dirigir os destinos do País, cuja a notoriedade soa até os nossos dias.

De lá até aqui, os destinos do País encontram –se sobre visão e direcção de Sua Excia Engo José Eduardo dos Santos, uma tarefa que pensamos ser árdua e difícil devido aos desafios com os quais ainda o País se depara, que é converter o Crescimento Económico alcançado em Desenvolvimento, traduzindo –se desta forma em melhor qualidade de vida para a população.

É incontornável os feitos alcançados pelo País, Angola de ontem não é a mesma de hoje, pois os resultados são visíveis a olhos nus, que no entanto apresentaremos alguns:

1. Um dos grandes feitos foi o alcance da Paz que trouxe sem sombras de dúvidas benefícios para a população. A reconciliação nacional foi um outro grande feito, pois permitiu congregar e partilhar idéias que anteriormente divergiam, a unidade na diversidade.

2. A estabilidade macroeconómica, permitiu o pais alcançar níveis e indicadores de crescimento nunca antes registados. Angola abandona uma economia em recessão e passa para uma economia em franco crescimento.

3. No ano de 2002, Angola apresentava um Produto Interno Bruto (PIB) de 14,5% e uma taxa de crescimento de 9% e no ano 2005, Angola apresentava um PIB em torno dos 20,6%, tendo no período de 2003 a 2008 a economia Angolana registado um crescimento médio de 17% ao ano, fazendo parte do leque de economias que apresentaram as mais altas taxas de crescimento, conhecendo este crescimento alguma retração de 2,4% e 3,4% no período de 2009 a 2011, devido a crise financeira económica que afectou a económica mundial, perspectivando –se uma taxa de crescimento em torno de 7,5% para o ano de 2014.

4. Angola no período de 2002, apresentava uma taxa de inflação em torno dos 3 dígitos, 108% e no final de 2011, apresentava uma taxa de 11,4%, registando –se uma considerável redução em quase cerca de 947%. Os altos índices de inflação tiveram um forte impacto na alta dos preços que o país apresentava, e como corolário, paulatinamente corroía a moeda angolana e reduzia o poder de compra da população. Actualmente, a taxa de inflação em Angola historicamente foi reduzida para um digito ou seja 7,69%, e almeja – se que venha durante o ano de 2014, cifrar –se em torno de 1 dígito (inflação moderada ou tratante), podendo alcançar os 8.

5. O desemprego em Angola também registou diminuições significativos, sendo a sua taxa no ano de 2002, cifrada em 68%, actualmente embora os estudos apontados divergem, a taxa de inflação encontra –se cifrada em torno dos 35%.

Outrossim, é incomparável o número de empregos gerados, embora muito ainda deve ser feito, as questões apontadas como: a falta de qualificação dos técnicos, e a dificuldade de geração de emprego, a elevada taxa de alfabetismo com grande incidência no meio rural, escassez de cursos universitários nas áreas de tecnologia e engenharia; Desestruturação sócio- produtiva das comunidades rurais devido a falta de infraestruturas sociais e produtivas, com destaque para ausência de água, luz e vias de acesso do campo para os grandes centros urbanos, têm sido os principais influenciados nas actuais taxas de desemprego verificadas no país.

 

6. As políticas relacionadas com a taxa de juro, continuam a merecer a sua especial atenção pelo órgão regulador e supervisor que é o Banco Nacional de Angola (BNA), a autoridade máxima e monetária no País. Periodicamente através de diversos instrutivos, o BNA, dita as regras relacionadas com o “preço do dinheiro” na economia Angolana.

Na análise das taxas de juro praticadas no mercado Angolano, é necessário ter em conta que as mesmas reflectem, implicitamente, as taxas de crescimento do País, bem como um referencial de inflação2. Com a redução ou queda da inflação, a taxa de juro também conheceu retração, tornando o dinheiro mais barato na económica Angola, embora os juros das operações activas (empréstimos) continuam a ser altos, quando comparados com os juros das operações passivas (depósitos). No final de 2002, Angola possuía uma taxa de juro básica em torno de 80% e para o ano de 2013 o banco Nacional de Angola decidiu o Banco Nacional de Angola decidiu reduzir em 50 pontos base para 9,25% a taxa básica de juro, Taxa BNA, e em 75 pontos base para 10,25% a taxa de juro de facilidade permanente de cedência de liquidez3 .

7. A taxa de câmbio em Angola sempre teve dois cenários devido a uma forte intervenção do sector informal, foram apresentados os cenários referentes ao câmbio Kwanzas/dólar, no entanto no período de 2002 a taxa de câmbio básica era de 57,1 no mercado formal e no informal apresentava uma indexação de 62,3, sendo a depreciação do kwanza no sector formal de 7,4% e no informal em 15,3%. A partir de Agosto de 2004 verificou-se uma redução da desvalorização cambial da moeda, como resultado das medidas implementadas pelo Executivo Angolano e pela autoridade máxima monetária BNA, seguindo –se um período de estabilidade cambial. Actualmente (2014), assistimos uma estabilização do kwanza, também devido a política de desdolarização da economia Angola, que acabou por valorizar a moeda nacional, mantendo quase inalterável a taxa cambial kwanza - dólar, sendo a taxa média fixada torno dos 98 kz.

Os desafios que o país tem pela frente ainda são enormes, mormente os relacionados com o sector social, economia real, e infraestruturas básicas que asseguram o normal e correcto funcionamento da economia e do sector privado. Muito ainda tem que ser feito, que no entanto importa a colaboração e participação de todos nós Angolanos que vivemos nesta nossa bela e incomparável Angola.