Luanda - Uma das figuras mais notáveis e certamente das mais influentes do meio religioso do país, mormente no que diz respeito aos cristãos protestantes, e homem de uma retórica muitas vezes polémica, todavia defensor «altofalante» das suas convicções, o Reverendo Luís Nguimbi, nessa conversa com o Semanário Angolense, «soprou a trombeta».

*N. Talapaxi S.

Fonte: SA

Agora à cabeça do Fórum Cristão Angolano (FCA), depois de um tempo presidindo o CICA (Conselho de Igrejas Cristãs de Angola), o sacerdote, que é alvo de comentários sobre uma sua ligação umbilical com o partido no poder, deixou claro esse relacionamento, fazendo mesmo alusão a um elo com a Cidade Alta. Ao longo da converda, tratou de salientar o poder da Igreja ao lado do Estado. Considerando a Teocracia cristã como uma realidade em Angola, mas diferente do conceito das repúblicas islâmicas. Relativamente à incontornável questão dos valores morais, acabou por surpreender o jornalista, com a seguinte afirmação: «Pode mesmo escrever que, quantos aos valores morais, Nguimbi é sugestivo. Nós não vamos exigir taxativamente que tem que ser assim. O mundo está em evolução!». Sigam então a saborosa e interessante conversa que mantivemos com este pastor.

Semanário Angolense (SA) - O pastor é apontado como aliado do MPLA. Isso corresponde a verdade?

Luis Nguimbi (LN) – Eu sou conselheiro deles. Isso eu digo de palavra e também de acção concreta.

SA – Foi a vida pastoral que lhe levou a isso?

LN – Realmente, a vida pastoral, sobretudo, levou-me a isso. Eu não vou, com a minha experiência, com o meu próprio ministério e com a minha idade, vou vestir a camisola de um partido. Em 2008, o MPLA inclui na lista parlamentar o nome de Luis Nguimbi. Eu não tinha sido contactado, mas muitos pensavam que eu poderia ser partidário. Eu e o MPLA nascemos no mesmo dia. Também devo acrescentar que na zona de onde sou originário, o MPLA estabeleceu ali a sua guerrilha. De maneira que a população daquelas áreas é e conhece o MPLA, não por mobilização de quem quer que fosse, mas porque era o movimento de libertação que se estabelecera lá. E – pronto! – passou a ser o movimento daquela área. Eu também nasci ali e não devo ser culpabilizado por causa disso. O que nos ficou na cabeça no Mikonje é que o único movimento que lutava pela independência de Angola era o MPLA. Não tivemos lá dos ou três movimentos. Era so o MPLA. E nós estávamos nas zonas libertadas pelo MPLA. Obviamente, outro que nos aparecesse, tinha que ser estranho. Nem por isso, nascendo numa área com esses elementos todos, eu me vou declarar partidário. Eu sou pastor para todos os filhos, sejam bons, os mais santos, os menos santos, até de gatunos tenho de me assumir como pai.

SA – E até que ponto esse homem conselheiro é capaz de alcançar outros partidos, além do MPLA?

LN – Eu consigo, graças a Deus, e os outros partidos acabaram por acreditar que eu sou mesmo consequente naquilo que digo. A Igreja é uma porta aberta para todos: gatunos, feiticeiros, santos, justos, injustos, toda a gente que aparece lá, a mensagem está ao serviço deles. Então, eu Nguimbi, que prego a tal mensagem, tenho que fazer prova de que estou com todos. Estamos preparados para o convívio salutar com todos. Nós prosseguimos a nossa accão pastoral. Estamos com todos eles. Queremos ter em Angola uma democracia competitiva. Não se vai fazer essa democracia com um só partido.

SA – Concorda então que sendo conselheiro do MPLA, pelo sim ou pelo não, acaba sendo uma força incentivadora ao partido que está no poder?

LN - Nós apreciamos aquilo que o partido no poder consegue fazer também. Nem tudo está mal e isso nós temos dito aos seus opositores políticos. Estamos a falar também para os opositores políticos tomarem a cadeira de verdadeiros opositores, que saibam explorar as debilidades de quem está a governar. De modo que venhamos a ter no país uma oposição madura, que fala com propriedade. Ninguém vai fazer a cem-por-cento tudo bem. Não! (...) Por isso mesmo, o Luís Nguimbi jamais vai se fanatizar por um partido político.

SA – Fazendo uma comparação das forças políticas, de 2008 até hoje, como é que o senhor avalia as suas competências?

LN – Me parece, numa modesta apreciação, que as forças de oposição estão a crescer. Em 2008 saíamos de um conflito armado. Ali o aspecto da agressividade era mais marcante. Mas de lá pra cá, em termos de compreensão da matéria parlamentar, por exemplo, os partidos que ocupam o Parlamento não estão lá para brincadeira. Onde têm de discordar, discordam mesmo. E explicam porquê.

SA – Mas eles reclamam que têm menos voz.

L N – É normal. O nosso contexto, o nosso passado recente, justifica isso: vivemos num sistema de partido único, um partido que ganhou a guerra, um partido que ocupou o poder. O MPLA, política e militarmente, teve mais habilidade. Era a forma, na altura, para se governar. Mas o poder actualmente já está legitimado e a oposição tem de saber que precisa de trabalhar, preparar o seu eleitorado para fazer a luta política. Ganhar com bom discurso, com acções concretas, a confiança do eleitorado. A luta agora é nessa direcção. Ora, aquilo que o partido no poder conseguiu nas eleições de 2008 já não foi o mesmo que conseguiu nas eleições de 2012. Vamos esperar, temos mais quatro (dois) anos aí de governação, durante os quais os outros partidos também vão se preparar, vão crescer um bocadinho mais, pelo que as próximas eleições poderão vir a ser mais competitivas dos que as passadas.

 

Sobre a Igreja e o Estado «Um poder estabelecido recentemente não pode contornar um poder secular»

SA – O Estado não é menos laico no prática do que dita a Constituição?

LN – O que que existiu primeiro: é o Estado ou a religião? O Estado é um poder que, tal como diz Charvatas (um grande filósofo), vai desaparecer um dia, tal como surgiu. O Estado é um poder que emergiu da própria multiplicação da raça humana. Paulo (o apóstolo bíblico) já dizia na sua carta aos Romanos que os cristãos, os membros da Igreja, deviam respeitar as autoridades. A submissão é com Deus. Não há submissão para com o Estado. O Estado é um agente de Deus para gerir a população.

SA – E quanto ao «dai a César o que é de César e a Deus e o que é de Deus»?

LN – Isso é o que muitos propagam por aí, mas não entendem que César e Deus não são duas entidades na mesma linha. Há uma que existe primeiro, que nomeou a outra. César e Deus não surgiram ao mesmo tempo do nada. César é um agente de Deus, estabelecido por Deus para ajudar a gerir as relações entre os homens. César é um fim; Deus, nunca. A Igreja está ao serviço do homem. É a Igreja que existe primeiro e só depois é que vêm os tais Césares. Além disso, o poder que César recebe, buscou a partir da própria Igreja. Então, não está certo que hoje coloquemos César e Deus no mesmo diapasão. Também não está certo que César, que um dia vai acabar, venha querer reprimir a própria acção da Igreja.

SA – Há uma forte presença do Cristianismo nos espaços públicos. É isso realmente o que se quer? Não deveria se promover também a presença de outras religiões?

LN – Nós não temos como os separar, porquanto estão lá quadros cristãos. São eles que manipulam esses meios. E o discurso deles não será tão desviado do que aprendem da sua fé. O que há, na verdade, é por que é que essas outras religiões querem utilizar a violência para se poderem estabelecer? O Cristianismo não preciso disso. O Cristianismo mostra a base da sua crença e você adere ou não. Se não aderir, ninguém deve ser perseguido. Você é livre de crer. É aqui onde nós somos diferentes das outras correntes religiosas e é por aqui donde as outras correntes têm tanto medo do Cristianismo.

SA – Como é que considera a parceria entre o Estado e a Igreja?

LN – Estamos a enfatizar muito um elemento chamado parceiro. Parceiro! Parceiro! A metermos as coisas na mesma linha de correlação de forças. Eu não partilho muito desses termos. Os sociólogos vão me desculpar. Aqui temos de falar talvez na cooperação e não na parceria. A Igreja coopera com o governo, ajuda o governo a cumprir a missão que recebeu de Deus. Aí está claro. Quem existiu primeiro para sermos parceiros? Um (o governo) é administrador; o outro (a Igreja) é um agente da vida. Um administrador é parte da vida como tal. Há uma colaboração. É a Igreja que tem que aconselhar o governo a segurar esse ofício de administração.

SA – E no caso concreto de Angola, do Estado angolano?

LN – O poder político aos angolanos foi transferido em 11 de Novembro de 75. E a Igreja existe desde quando? Séculos! Então não pode ser que um pequeno poder, que é estabelecido em 75, venha a contornar um poder espiritual, um poder social, que é a Igreja, que faz séculos e séculos. Sabe que logo que chegamos à independência em Angola passamos por situações difíceis, em que Deus tinha que deixar de ser Deus, por forças que surgiram. Nós batemos o pé. Dissemos que Deus é Deus do Universo e que as correntes filosóficas marxistas e leninistas eram invenções dos homens, que tinham um princípio e haviam de terminar. Como aconteceu, aliás. Hoje em dia voltamos ao denominador comum. Todo o Estado no mundo é uma emanação dos homens por iniciativa de Deus. O Estado é feito agente regulador, gestor dos recursos que o homem precisa para melhorar a qualidade de vida. A Igreja trata do homem desde a sua vida natural até à vida espiritual. O Estado não tem nada a dizer da vida espiritual. Por isso, nós não podemos ser parceiros.

SA – Existe algum órgão consultivo a que o Estado recorra diante da necessidade de decisões como o recente episódio do fechamento de igrejas em Cabinda? Um órgão pelo qual a Igreja possa testemunhar a idoneidade das denominações religiosas?

LN – Nós, a Igreja angolana, entramos nesse enquadramento com alguns problemas que a própria colonização nos criou. A colonização, no quadro do Catolicismo (vamos assim dizer), estabeleceu uma igreja oficial e as outras ficaram assim à solta. Mas, nem por isso, as igrejas protestantes se envergonharam dessa atitude do Estado. Fizeram o seu trabalho, continuaram a viver como Igreja. Depois da independência, as próprias autoridades da Igreja até então reconhecida acharam que era necessário cooperar com as outras igrejas.

SA – E qual foi o resultado dessa cooperação, diante da questão que coloquei?

LN - No Fórum (FCA - Forum Cristão de Angola), queremos que quer igrejas de cristianismo de raiz africana (temos algumas que são resultados do profetismo, que são resultado da difusão do próprio Espirito Santo de Deus, mas que usam a Bíblia como padrão de fé, quer as igrejas pentecostais), quer as igrejas protestantes, quer a própria católica, estamos todas juntos. Queremos ser aquela opinião forte que seja capaz de aconselhar o próprio governo nas posições que toma e aconselhar o povo quando estiver a fazer opções erradas.

SA - Mas neste momento já se recorre a ele?

LN – Não! Nós vamos impor, não por palavras, mas por acçoes próprias. Justificar através de uma idoneidade, que o próprio governo tem que recorrer aí para tomar decisões capitais nas matérias das Igreja. Porque vamos entender que o governo angolano é formado por quadros não teolólogos. Os instrumentos que criou para acompanhar a matéria de religião são desprovidos de técnicos próprios ligados ao assunto. Portanto, quando tomam posições, eles as tomam mais como sociólogos, como antropólogos, como psicólogos e etc. Com base nas ciências da sua formação. É preciso que os instrumentos do governo sejam, ou tenham, em seu seio técnicos ligados à religião para serem muito bem aconselhados.

 Um olhar sobre a Teocracia: «Que a fé seja livre e não imposta como nas repúblicas islâmicas»

SA – Não haverá, por parte de certas lideranças religiosas angolanas, uma inclinação para o estabelecimento de uma teocracia em Angola?

LN – Bem... Deus não se demitiu completamente da governação da terra. Não! A teocracia lá está presente. Não de uma maneira áspera, como era para com Israel. Mas a teocracia sempre está presente. O Presidente da República, quando está doente diz «ai Deus!». Quando tem dificuldade, clama também a Deus. E quando vamos lhe encontrar, muitas vezes, em audiências, temos que evocar o nome de Deus. Quer dizer que continuamos a reconhecer esse Deus como criador e superior disso tudo. A teocracia lá está. Teocracia no sentido de gerir esse poder que ele «empurrou» aos governos.

 SA – Mas eu digo teocracia no sentido institucional. No sentido de estabelecer o cristianismo como a religião oficial do país.

LN – Eu não gostaria que o país recuasse para uma teocracia tão institucionalizada. Porque em parte limitaria muito as liberdades dos próprios angolanos. Que houvesse essa teocracia no sentido de como está: reconhecer-se um Deus pregado, a partir da Sagrada Escritura, como ser Supremo Criador. E que a fé fosse livre e não imposta, como tal. Nada igual ao que acontece nas repúblicas que são islâmicas.

SA – Então, o Cristianismo não se impõe.

LN – O Cristianismo respeita muito a liberdade humana. E isto é bíblico. Desde tempos idos, Deus deu sempre ao homem uma oportunidade de escolha. Uma escolha livre, mas que tem de ser consciente.

SA – E como é que o Cristianismo se coloca, em Angola, diante do avanço de outras correntes religiosas?

LN – Não nos opomos à presença dessas correntes. Isso fica claro! Opomo-nos a algumas práticas que elas acabam por arcar e querer implementar dentro das comunidades.

SA – Estamos a falar de que correntes exactamente

LN – Vamos buscar, por exemplo, o Islão. O Islão tem um slogan que diz: um só Deus – Alá; um só profeta – Maomé; e uma só religião – Islão. Quer dizer que em todo o mundo isso é que tem que vigorar. Quem se opuser a esses princípios, é objeto de perseguições. Uma religião imposta não é religião. É uma ditadura. Recalca a alma do homem e este homem, enquanto isto lhe for imposto, será um homem sempre revoltado.

SA – Pela maneira que os líderes cristãos em Angola se têm posicionado, acha que conseguem que se limite o exercício dessas correntes religiosas?

LN – Nós não estamos preocupados com a presença delas, porque o próprio Cristo disse: o jôio e o trigo têm que crescer juntos. Não há como, agora, nós os cristãos irmos viver lá na lua e não levarmos os muçulmanos! Ou os bahas ou os hindus. Nós não tememos nada. Minha única preocupação como cristão, como pregador do evangelho, está na transmissão das verdades da Bíblia aos membros. Há países, como os EUA, onde o Islão penetrou, estabeleceu-se entre os americanos, mas o povo continua a praticar a sua fé dentro dos parâmetros do Cristianismo. Desde que se entendam as verdades das Sagradas Escrituras, eu estou à vontade. Posso convidar o Islão a vir viver em Angola.

SA – Qual é, afinal, para si, a verdadeira identidade religiosa da população angolana?

LN – O Cristianismo predomina. Mas antes do Cristianismo, havia aquilo que a Teologia ou os portugueses chamaram de religiões animistas. Mas não são animistas. Podiam ter utilizado outros vocábulos e não animistas. Os nossos mais velhos nunca adoraram ovelhas, chimpazes ou galinhas. Não! Eles adoravam bosques, o sol... elementos que achavam que ultrapassavam a sua própria compreensão e também definição.

SA – Essas religiões ainda prevalecem?

LN – Prevalecem. São religiões africanas. Há pessoas ainda muito ligadas a feitos sobrenaturais.

SA – E onde é que essas religiões, praticamente extintas, se encontram com o Cristianismo para formar a identidade actual?

LN – Mas o próprio Cristianismo, se se tiver em conta as bases do seu surgimento, também partiu disso. Abraão, que é citado na Bíblia, adorava a Lua, adorava os bosques, antes que Deus se revelasse a ele. Desde os tempos idos, o homem precisou sempre de um Deus que lhe explicasse a razão da sua existência.

 A propósito dos valores morais: «O filho deve escolher aquilo que acha que dá»

SA - Qual é o lugar dos «mais-velhos» no restabelecimento dos valores morais na nossa sociedade, já que os jovens têm sido os mais culpabilizados por isso?

LN - Uma pessoa precisa ter para poder dar. Se não tiver, não pode dar. Os tais valores morais de que os jovens agora se demitiram, devia-lhes ter sido transmitido por quem? Temos de saber se essa fonte de transmissão cumpriu também com o seu dever, ou não. Se nós, os adultos, passamos o legado desses valores à actual geração. Se não o fizemos, eu acho que os jovens serão muito menos culpabilizados do que os «mais-velhos», que não souberam transmitir à geração seguinte aquilo que deviam. Portanto, eu não aceito muito, não tenho estado a engolir muito essa declaração.

SA - No entanto, se há, houve ou tem havido uma falha na transmissão de valores, também é necessário sabermos porquê. Não é?

LN - A verdade é que passamos por um período de guerra. Tal como alguém disse: ninguém consegue arrumar uma casa que está a queimar. Passou o que passou. É um país que se está a reconstruir. Há necessidade de que os jovens também tenham que ter o comportamento moral dos seus pais. Mas atenção: temos que ter o próprio contexto. O tipo, os elementos que favoreceram essa educação, com relação à realidade de hoje.

SA - E como fazer isso, pastor?

LN - Também não podemos transmitir ao filho tudo o que nós aprendemos. Temos é que dar ao filho a proposta dele escolher aquilo que ele achar que «isso aqui dá para mim». Nós não podemos pôr o martelo e o prego a encaixar esses valores morais.

SA - Então estamos diante de um caminho que visa, ou pelo menos, mostra que há necessidade de se criar «modelos novos», nossos?...

LN - Perfeito. Pode mesmo escrever no jornal que, em relação aos valores morais, Nguimbi é sugestivo. Os mais velhos devem apresentar as realidades que viveram, o que aprenderam dos que já se foram embora – já adiantaram para a eternidade. E esses jovens, no quadro do que a globalização já colocou no terreno, saberem escolher o que é que podem levar e o que é que devem deixar. Nós não vamos exigir taxativamente que tem que ser assim. O mundo está em evolução! Se aceitamos que o mundo todos os dias tem que fazer uma viagem de 24horas, temos que aceitar também que dentro das 24horas há o que não fica e há o que continua.

Bilhete de Identidade

Luís Nguimbi é xará do seu avô (Nguimbi), pai do seu pai, que era soba na região de Mikonge, município de Belize, privíncia de Cabinda, que foi um senhor de escravos, herdados dos seus ancestrais. Ao libertá-los, integrou-os na família, dando-lhes o direito à palavra e à terra, isso por volta de 1910/1912. O nome português (Luís) foi uma exigência do regime colonial.

Ele também é natural de Mikonje. Nasceu no dia 10 de Dezembro de 1956, data da fundação do Movimento Popular para Libertação de Angola (MPLA). «So não sei a hora que nasci nem a hora que o MPLA foi constituído para poder dizer quem é o mais velho», brinca o pastor. Luís Nguimbi concluiu o ensino superior em Teologia, na RDC, em 1986. No início dos anos 90, passou a «pastorear» a Igreja Evangélica de Angola. Em «98», em Virgínia (EUA), cursou Prevenção e Resolução de Conflitos, na Mennonite University (Universidade Menonita) – uma instituição especializada em estudar a construção de soluções pacíficas para os conflitos políticos, religiosos, étnicos ou de gênero. Em 2001, foi chamado a dirigir o CICA – Conselho de Igrejas Cristãs de Angola, de onde saiu para assumir a presidência do Fórum Cristão Angolano, seu cargo actual.