Lisboa - O  Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, prepara para esta quinta-feira (4),  se deslocar a  província do Kwanza-Norte. A mesma ainda não foi objecto de anuncio nos órgãos de imprensa em Angola.

Fonte: Club-k.net

Para além de constatar em “in loco”, projectos no âmbito da reconstrução nacional, faz parte da agenda presidencial uma deslocação ao município de Cambambe, precisamente no local,  onde está a ser erguida a barragem de Laúca, ao rio Kwanza.

Ainda em Cambambe, o Presidente José Eduardo dos Santos vai proceder com a inauguração da Biocom, uma empresa detida pela Sonangol, Odebrecht e a Damer que se dedica à produção, em simultâneo, de etanol, açúcar e energia. 

Dos Santos vai testemunhar no terreno o desvio do leito do rio Kwanza para que desta maneira o projecto de implementação da barragem passe á fase seguinte.

Para o efeito, já está estacionado em Laúca e regiões adjacentes um elevado dispositivo de forças de avanço pertencentes a Casa de Segurança da Presidência da República.  Quadros seniores (directores e assessores) ligados ao Gabinete Presidencial começaram a seguir desde manha de quarta-feira, a cidade de Ndalatando.

 A barragem de Laúca

 O projecto de edificação da barragem de Laúca, avaliado em 280 biliões, 857 milhões, 986 mil e 200 kwanzas, financiados pelo Executivo angolano, começou a ser implementado em Julho de 2012 no curso médio do rio Kwanza, na comuna de São Pedro da Quilemba, município de Cambambe, nos limites fronteiriços  das províncias do Cuanza Norte, Malange e Cuanza Sul.

Segundo estudos que remontam à época colonial (1951), a bacia hidrográfica do Kwanza tem um potencial de 7000 megawatts. O referido estudo prevê a possibilidade de se construírem mais quatro barragens, entre Caculo-Cabaça e Cambambe. São elas Zenzo I (450 mw), Zenzo II (120 mw), Túmulo do Caçador (450 mw) e Lume (330 mw).

Com término das obras previsto para 2017, a barragem hidroeléctrica de Laúca vai contar com duas centrais de produção de energia eléctrica, sendo a primeira constituída por seis unidades geradoras, que vão produzir um total de dois mil e quatro megawatts, correspondente a 334 megawatts/cada.

A segunda vai compreender uma central ecológica, com capacidade para produzir 70 megawatts e que vai manter um caudal mínimo no leito do rio, visando garantir a preservação das espécies aquáticas.

O empreendimento terá 132 metros de altura, mil e 100 metros de comprimento e uma albufeira com 188 quilómetros quadrados e uma potência instalada total de dois mil e 70 megawatts. Coordenada pelo Gabinete de Aproveitamento do Médio Kwanza (GAMEK), a obra está a ser executada pela empresa brasileira Odebrecht.