Luanda - A UNITA denunciou hoje "incidentes gravíssimos" registados nos últimos dias na província do Bié e cuja autoria atribuiu ao MPLA, partido no poder em Angola, que provocaram a morte a um militante e "prisões arbitrárias".

Fonte: Agência Lusa

Em declarações à Lusa, o porta-voz da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Alcides Sakala, explicou que os incidentes começaram a 03 de setembro, no município de Cuemba e estão a alastrar a outras comunas.

"Temos conhecimento de uma vítima mortal nestes incidentes, há vários feridos, prisões arbitrárias e a destruição de infraestruturas partidárias, de residências de membros da UNITA e dos respetivos símbolos. Estas ações estão a ser levadas a cabo pelo partido no poder", afirmou Alcides Sakala.

A Lusa tentou obter uma reação do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) a estas acusações, mas sem sucesso até ao momento.

Face aos incidentes, que segundo o também deputado da UNITA, Alcides Sakala, "tendem a alastrar" a outras comunas do mesmo município e também ao Andulo, uma delegação de deputados daquele partido, eleitos pelo círculo do Bié, visita ainda esta semana aquela zona.

"Para entender o quadro dramático que vigora nesta localidade. Mas estamos a apelar à serenidade, para que as autoridades angolanas parem, de uma vez por todas, com estas ações de intolerância que beliscam o processo de reconciliação nacional", indicou o porta-voz do partido do "Galo Negro".

O "clima de tensão" na província, esclarece a UNITA, foi hoje "denunciada" por deputados daquele partido, o maior na oposição angolana, ao Procurador da República no Bié, Lucas Ramos dos Santos.