Luanda - O Comandante da Região Militar Luanda, general Simão Carlitos "Wala", aconselhou neste sábado, 13, os militares afectos à região que dirige, a absterem-se de fazerem ocupação ilegal das terras das populações.

Fonte: Angop
Gen Wala.jpg - 49.02 KBO oficial general das Forças Armadas Angolanas (FAA) manifestou a sua posição no final de uma visita de constatação realizada às localidades de Mahingi e Cabiri, Icolo e Bengo, na sequência de informações, segundo as quais supostos militares estavam envolvidos em actos de ocupaçao ilegal de terrenos dos populações da região.

Segundo o general "Wala", no decurso da semana passada mais de 60 populares daquelas áreas dirigiram-se ao comando que dirige, onde apresentaram reclamações sobre o envolvimento de militares na ocupação, à força, de terras dos habitantes locais.

Como resposta, o oficial geeneral deslocou-se àquelas localidadses, chefiando uma delegação que, no local, constatou a existência de elementos supostamente militares das FAA que se dedicam à praticas de ocupação ilegal de terras pertencentes às populações.

Para pôr cobro à situação, General "Wala" disse terem sido tomadas "algumas" medidas em coordenação com os órgãos administrativos locais, no sentido de se responsabilizar criminalmente os autores.

"Vamos, paulatinamente, procurar persuadir os supostos militares envolvidos em actos desta natureza, para a desistirem destas práticas", prometeu a alta patente das FAA, acrescentando os (militares) que insistirem em tais acções, serão colocados à contas com a justiça.

O general Carlitos "Wala" prometeu que o comando sob sua direcção vai continuar a prestar apoio às populações rurais, particularmente das zonas sob sua jurisdição, para se evitar conflitos com os militares. Aconselhou ainda aos proprietários das terras, no sentido de junto das autoridades administrativas locais, legalizarem as suas terras, para se evitar que estas situações se venham repetir.

Violação da lei dos crimes militares fragiliza a corporação

A violação da lei dos crimes militares fragiliza a corporação (policial ou militar), por prejudicar a coesão e enfraquecer a disciplina do colectivo, informou na província do Huambo, o juiz conselheiro do supremo tribunal militar, brigadeiro Domingos Salvador da Silva

Falando durante uma palestra de esclarecimento sobre  a Lei dos Crimes Militares realizada na 41ª brigada de infantaria motorizada, estacionada na localidade de Sawilala, 23 quilómetros da capital provincial, o responsável informou que a lei dos crimes militares é composta por vários artigos, entre os quais o de serviço de guarda, segredo militar, conduta indecorosa, extravio de bens e deserção.

Fez saber que o militar em serviço que violar  um dos artigos da lei pode ser punido com pena de dois a oito anos de prisão, salientando que a insubordinação, deserção, conduta indecorosa, ofensas aos superior, violência contra inferiores hierárquicos e a fuga à prestação de alimentos aos dependentes têm sido os crimes mais frequentes nas Forças Armadas Angolanas.

Infelizmente, reconheceu o juiz conselheiro do supremo tribunal militar, tais crimes afectam negativamente as Forças Armadas Angolanos, apesar de primar pela organização, disciplina e hierarquia.

Domingos Salvador da Silva aconselhou os subordinados a cumprirem com as orientações emanadas pelos seus chefes, que devem "mandar bem" e respeitar as normas militares. Disse que cumprimento das obrigações, a disciplina e o respeito das decisões dos tribunais sobre os exercício do direito paternal são fundamentais para a coesão das tropas nas unidades militares.