Brasil - Os Estudantes bolseiros do Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo (INAGBE), no Brasil, vêm mui respeitosamente através desta, pedir as autoridades de direito do Estado Angolano, nomeadamente: Ao Exmo Sr Ministro do Ensino Superior, Adão do Nascimento, ao Exmo Director do INAGBE, Miranda Lopes Miguel, ao Ministro da Educação, Exmo Sr Pinda Simão, e aos Senhores Deputados da Assembléia Nacional, democraticamente eleito, com o objetctivo de ajudar-nos na solução dos seguintes problemas que estão diretamente relacionados com a bolsa de estudos:

 

• O Atraso do pagamento do complemento de bolsa referente aos meses de JULHO e AGOSTO.

• O corte das bolsas de alguns Estudantes, que se encontram na fase final de conclusão de seus cursos de graduação e pós-graduação.

• A destituição do grupo SAE (Sector de Apoio aos estudantes), sob gestão do Sr Mateus Ferreira Almeida.

• Definição de uma data ou período de pagamento do Subsídio de bolsa para os estudantes.

Os estudantes estão passando por momentos extremamente difíceis em função da falta de pagamento dos subsídios de bolsa dos meses de JULHO e AGOSTO, sendo que muitos têm sido obrigados a faltarem nas suas aulas por falta de valores monetários para pagar transporte, isto para os que precisam usar transporte para se deslocar na universidade. Muitos estão com contas atrasadas, quer sejam, do aluguel, internet, telefone, contas de luz, e água, etc.

O mais incrível de tudo isso é que a direção do SAE-Brasil no rio de janeiro, sob gestão do Sr Mateus Ferreira, não tem sido capaz até mesmo de fornecer informações pertinentes dos verdadeiros motivos desse atraso, em pleno mês de Setembro, alguns dos estudantes já começam a ser despejados de suas casas, porque os juros são altos para quem tem contrato com imobiliárias.

A direção do INAGBE em Luanda, até o exacto momento também não fez um pronunciamento oficial sobre os motivos desse atraso, que já tem causado muitos constrangimentos aos estudantes.

A única informação prestada recentemente pelo SAE-brasil é que acusaram a recepção da lista de pagamentos com os nomes dos estudantes que receberão os referidos valores dos subsídios atrasados, mas uma ligação feita ao departamento de bolsas do INAGBE confirmou-se que os valores já foram enviados juntamente com as folhas de pagamento, segundo a referida fonte ´O INAGBE não envia folha de pagamento sem os referidos valores correspondentes´. Diante desse quadro, não sabemos onde está à verdade, a única certeza é a realidade triste que continuamos a viver dias sem dinheiro até mesmo para fazermos as nossas refeições diárias.

Quanto à questão do corte das bolsas dos estudantes, queremos salientar uma falha muito grave por parte da direcção do INAGBE em Luanda que simplesmente toma uma decisão unilateral e comunica através do SAE-brasil, os estudantes no final do mês Julho e começo de Agosto do corrente ano, sendo que muitos dos estudantes estão em vias de terminarem a graduação, faltando somente um semestre, uma atitude totalmente prejudicial, que pode trazer implicações desastrosas para estes estudantes em vias de conclusão de sua formação acadêmica. 

Assim sendo, aproveitamos o momento para sugerimos a destituição desse grupo gestor denominado SAE (sector de apoio aos estudantes) no rio de janeiro, que em nada tem nos apoiado, e que não tem sido capaz de resolver os problemas dos estudantes, por exemplo; quando recebem os valores dos subsídios de bolsa a partir de Luanda, levam em torno de um mês e meio para pagarem todos os estudantes e às vezes nem pagam todos, por essas razões sugerimos a exoneração desse grupo do SAE liderado pelo Sr Mateus Ferreira Almeida, que já foi Director Adjunto do INABE(extinto), que de certa forma trousse os mesmos problemas para a sua gestão no Brasil, temos uma outra instituição paralela ao INAGBE no Brasil, com sede no consulado geral de Angola no rio de janeiro.

Através desta missiva, pedimos aos órgãos de direito que nos ajudem na resolução dos problemas que nos afligem, e apelamos desde já a sensibilidade das pessoas de dentro das instituições a ajudarem os estudantes, caso contrario seremos obrigados a nos manifestarmos nos consulados gerais de Angola em São Paulo e Rio de Janeiro, bem como em nossa embaixada em Brasília.

A comissão dos Estudantes Angolanos na Republica Federativa do Brasil.

                                                                                                   25/09/2014