Luanda - A vacina contra o vírus do Papiloma Humano (VPH) será introduzida no calendário nacional de vacinação em 2015, anunciou, quinta-feira, o ministro da Saúde, José Van-Dúnem.

Fonte: Angop

Falando na abertura do 10ª Conferência Internacional sobre a Situação do Tratamento do Cancro em Áfria, designado "AORTIC PALOP", que se realiza de 02 a 03 deste mês, em Luanda, sob organizado do Centro de Oncologia, sublinhou que a vacina contra o VPH pode eliminar os cancros do colo do útero e da oro-faringe.

Esta estratégia está definida no Plano Nacional para Desenvolvimento Sanitário (PNDS) de 2012-2015 aprovado pelo Executivo, que inclui fundamentalmente a sensibilização das pessoas para a importância dos estilos de vida saudáveis, visando acções de prevenção com a introdução da vacina VPH,

capacitação dos profissionais de saúde para a detecção, prevenção e tratamento do cancro, implementação de intervenções para a detecção precoce, particularmente, nos cuidados primários de saúde, e a intensificação de acções de vigilância epidemiológica.

O governante referiu que o mundo de hoje possui conhecimentos científicos que evidenciam que um terço de cancros podem ser prevenidos com medidas preventivas relacionadas com os estilos de vida, como a eliminação do uso de tabaco, redução do consumo excessivo de álcool, actividade física regular e adopção de uma dieta rica em fruta e vegetais.

Avançou também a cooperação com os outros países africanos, particularmente os PALOP, a ajuda mútua e a partilha de conhecimento nesta área.

Adiantou que, a nível dos PALOP, deve-se investir na criação de Centros de excelência para a formação de quadros, desenvolvimento da investigação, bem como na produção de material científico em língua português, que contribua de forma dinâmica e inovadora, bem como o aumento quantitativo e a melhoria qualitativa dos profissionais de saúde.

De acordo com o ministro, há necessidade de participar conjuntamente em fórum internacionais para mobilizar os apoios, sugerir a criação de uma vice-presidencia da ARTIC dod PALO para o próximo Congresso a ter lugar em Marraqueche (Marcoos) em 2015.


MINSA cria programas sobre doenças crônicas no país

O Ministério da Saúde está a criar programas para doenças crônicas e intensificar o acesso à informação, educação e comunicação para toda a população, por formas a evitar a morte prematura por cancro, dentro das comunidades, afirmou hoje, quinta-feira, o titular da pasta da saúde, José Van-Dúnem.

Segundo o governante , para tal, é importante que os profissionais de oncologia existentes no país estejam mobilizados e organizados de forma a contribuírem na formação, investigação e aconselhamento científico nesta área.

Para ele, torna-se ainda necessário garantir a formação multidisciplinar de quadros nacionais em oncologia e isto implica a capacitação de muitos outros profissionais, para além das especialidades nucleares como radioterapia, imagiologia, anatomia patológica, psicologia, sociologia e biologia molecular, fundamentais para tomada de decisão correcta e melhor acompanhamento de cada paciente.

No entanto, disse que o fardo do cancro não provoca somente dor, sofrimento e luto, mas compromete as expectativas de crescimento sócio-econômico e de prosperidade dos países que fazem parte dos PALOP, impondo medidas urgentes de prevenção, controlo e acesso universal às novas tecnologias e tratamento.

Embora os avanços registados nos últimos anos no domínio sócio- econômico e social, ainda há um longo caminho a percorrer para a melhoria sanitária, implicando serviços de qualidade dedicado à promoção, prevenção, diagnostico, tratamento e reabilitação com uma visão holística.

Frisou que, actualmente, Angola enfrenta um grande desafio de saúde pública devido ao aumento das doenças crônicas não transmissíveis, particularmente do cancro, ligado principalmente à mudança dos estilos de vida.