Luanda - O Secretário de Estado do Interior, Eugénio Laborinho, anunciou, sexta-feira, o relançamento da campanha sobre o desarmamento da população civil, solicitando às entidades envolvidas, a necessidade da sua continuidade.

Fonte: Angop

EUGNIO LABORINHO.jpg - 62.24 KBEugénio Laborinho que falava no acto central nacional da Semana Internacional do Desarmamento da População Civil, em Viana, advogou que não obstante o número de armas recolhidas terem uma tendência decrescente, continua a haver a percepção da existência ainda de armas em posse da população.

“ Devemos adoptar rapidamente uma estratégia para os próximos anos, que visa o desarmamento das mentes”, enfatizou.

Disse ser necessário continuar com as campanhas de sensibilização e propaganda para entrega voluntária de armas em posse dos renitentes, intensificar a busca de informações sobre eventuais resistências quanto à entrega de armas e identificação de esconderijos, realizar acções policiais dirigidas à recolha de armas em todo país e mobilizar parcerias activas nas campanhas de sensibilização e mobilização.

Na mesma senda, defendeu o aperfeiçoamento dos mecanismos de controlo de armas e o regulamento de uso e porte de armas de guerra nas Forças Armadas e Polícia Nacional, o estudo, com os órgãos de justiça, o agravamento das penas pela pose ilícita de armas e a divulgação da mensagem do desarmamento das mentes nos grandes eventos religiosos, culturais e desportivos.

Mais de 91 mil armas de fogo foram recolhidas em Angola desde o início da campanha de desarmamento da população, em 2008, até ao mês de Setembro de 2014.

Relativamente ao período de Janeiro a Setembro de 2014, o Secretário de Estado adiantou que foram recolhidas mil 162 armas de fogo, das quais 944 foram de forma coerciva e 218 de forma voluntária.

A Semana Internacional do Desarmamento, que geralmente se celebra de 23 a 31 de Outubro, foi instituída pelas Nações Unidas, em 1978, através da resolução S-10/2, sobre o desarmamento em relação às armas de destruição em massa, nomeadamente as biológicas, químicas, nucleares ou mísseis e às armas convencionais, bem como as de fogo e as minas, na perspectiva de garantir uma efectiva paz mundial e a segurança interna dos Estados.