Lisboa -  Fazer a ponte entre as empresas em Angola e os jovens quadros angolanos que vivem em Portugal e que queiram regressar ao seu país, para aí trabalhar, foi o propósito da 5ª Feira de Emprego de Angola, que decorreu nos últimos três dias no Centro de Congressos de Lisboa. Houve mais de duas mil inscrições, muitas de portugueses que ali acorreram em busca de uma oportunidade.

Fonte: Lusa/Angop

Promovida pela Associação de Estudantes Angolanos em Portugal, em parceria com o Consulado Geral da República de Angola, a feira contou com a presença de 24 empresas de áreas diversas, da banca, à gestão, hotelaria, indústrias, construção ou consultoria, entre outras, e recebeu mais de duas mil inscrições.

"Tem corrido bem", afirmou ao DN a coordenadora da comissão organizadora da iniciativa, Magda Baptista, do consulado de Angola, a poucas horas do encerramento da feira, que terminou hoje ao fim da tarde.

Em alguns dos stands, como o da empresa de bebidas Refriango, ou o da consultora para o ambiente Cobangola, a maioria dos que acorreram a entregar currículos eram portugueses. "Dos mais de 500 currículos que recebemos nestes três dias, apenas 60 eram de angolanos, e os restantes eram maioritariamente de portugueses", adiantou ao DN Rita Cândido, responsável pela área de desenvolvimento de recursos humanos da Refriango.

Já na Cobangola, dos 80 currículos recebidos, só 30% eram de jovens quadros angolanos. "Os restantes foram sobretudo entregues por portugueses e também cabo-verdianos", explicou Graça Rebelo, representante da empresa na feira de emprego.

Os candidatos concorreram para mais de 20 sectores, entre os quais, banca, gestão, hotelaria, psicologia, saúde, construção civil, recursos humanos e consultoria, naquilo que muitos candidatos angolanos consideram “uma oportunidade de regresso e contribuírem para o desenvolvimento de Angola”.

Alguns candidatos angolanos, contactos pela Angop, mostraram-se confiantes em conseguir um emprego em Angola, considerando ser esta uma das condições essenciais para o regresso definitivo ao país.

Decorrido de um à três de Novembro, o evento foi aberto pela cônsul-geral de Angola em Lisboa, Cecília Baptista, com a presença da ministra-conselheira da Embaixada de Angola em Portugal, Isabel de Jesus Godinho, em representação do embaixador José Marcos Barrica.

A edição deste ano da Feira de Emprego de Lisboa foi precedida de uma conferência orientada pelo comentarista político António Luvualu de Carvalho, que se debruçou sobre as iniciativas do Executivo angolano ligadas, entre outras, ao emprego e o empreendedorismo.