Luanda - O Secretário-geral da UNITA, Victorino Nhany insurgiu-se, domingo último contra o silêncio das Nações Unidas perante violação dos direitos humanos em Angola. O número três na hierarquia política da UNITA discursava perante jovens da UNITA que realizaram o 1º acampamento nacional da JURA em Malanje.

Fonte: UNITA

“Onde estão as Nações Unidas perante tanta matança em Angola, há falta de água e de tudo no país. Os direitos humanos em Angola não interessam à ONU, só interessa o dinheiro do petróleo de Angola e do diamante”, questionou o dirigente partidário, sustentando a sua posição com a recente tentativa de assassinato de que foi alvo o Deputado à Assembleia Nacional, Liberty Tchiyaka, em Luanda.


Victorino Nhany precisou que o seu partido está a conquistar cada vez mais corações dos angolanos, estando todos os dias a registar o crescimento das fileiras, o que em seu entender está na origem do nervosismo manifestado pelo partido no poder.

“Estão a perder terreno em todo o espaço nacional, daí que passaram para a táctica de eliminação física do companheiro Liberty Tchiyaka, porque no campo de competição política já estão derrotado”, disse.

O dirigente partidário apelou aos jovens da JURA a se empenharem na mobilização de angolanos para delegados de lista no sentido de se garantir maior fiscalização nas eleições de 2017.

“A JURA deve tomar a dianteira começando a mobilizar angolanos para delegados de lista no sentido de fiscalizarmos o voto nas próximas eleições. É um desafio lançado à juventude”, afirmou Victorino Nhany.

Entretanto, as ruas de Angola poderão ser palcos de manifestações de massas caso se volte a verificar cenas de fraude eleitoral em 2017.

“Já fomos roubados em 1992, em 2008 e em 2012. O dono do poder político é o povo. Em 2017 se houver mais fraude o povo vai para as manifestações de rua”, adiantou o secretário-geral da UNITA, ao discursar no acto de encerramento do 1º acampamento nacional da JURA que decorreu de 31 de Outubro a 2 de Novembro de 2014.