Lisboa – A activista e antiga candidata a Deputada das listas da UNITA, Elsa Luvualo viu o seu processo de ingresso ao MPLA, chumbado no seguimento de avaliações a que foi submetida.
Fonte: Club-k.net
Suspeitam-na de ainda nutrir simpatias pela UNITA
De acordo com conhecimento, a activista teria inicialmente reprovado num exame de instrução preparatória que a escola do MPLA passou a submeter aos chamados “quadros provenientes”, ou militantes rendidos da UNITA.
Elsa Luvualo, largou a UNITA em Julho de 2013, aconselhada por um parceiro do MPLA, quando ela integrava uma caravana presidencial da UNITA que realizava trabalhos de campo na Lunda-Sul. Nos sucessivos contactos com o partido no poder ela teria solicitado uma ajuda de “um milhão de dólares” (que foi rejeitada) e um cargo partidário no departamento de mobilização no município do Cacuaco.
O partido no poder, terá, entretanto, satisfeito o seu pedido de forma incompleta dando lhe apenas uma viatura, um apartamento, e 30 mil dólares para que pudesse se organizar. Desde então foi-se notando nela desinclinação ou vocação na sua entrega total ao MPLA, acrescida a manifestações de regresso ao seu partido do coração, neste caso a UNITA, através de contactos que foi tendo.
De recordar que Elsa Luvualu foi esposa de um falecido membro do Bureau Político do MPLA, o histórico Pascoal Luvualo. No tempo em que ambos conheceram-se, ela vinha com o histórico de ter feito parte de uma organização dos pioneiros da UNITA, na qual teve de renunciar, devido as circunstâncias da época.
Depois de vários anos, após o falecimento do esposo, a mesma se reaproximaria a UNITA tendo reingressado em Fevereiro de 2008. Tornou-se numa militante activa e logo a seguir foi catapultada para o executivo da LIMA.
Em Maio de 2011, foi detida em Luanda, por fazer parte da primeira manifestação convocada por um anônimo on-line destinada a amedrontar/derrubar o regime do Presidente José Eduardo dos Santos. Chegou a ser intimidada por um alto oficial da polícia nacional, Dias do Nascimento. Passou uma noite na esquadra da polícia tendo saído com sinais de feridas, nos braços, por causa das algemas.
Em 2012, fez parte das listas dos candidatos a deputados pelo maior partido da oposição. Alega-se que terá se desalegrado por o seu nome ter se encontrado numa posição (na casa dos 50), em desvantagem. No decorrer de desabafos insurgiu-se contra a posição de Miahela Webba, a cabeça de lista pela província de Luanda, alegando que ela teria feito mais em relação à colega. Teria também ficado na contramão quando contava com a sua nomeação como Ministra do Ambiente do governo sombra da UNITA.
Antes de aderir ao MPLA, entrou em clivagens com a LIMA, o braço feminino do “Galo Negro”, por suspeita de tentar introduzir na organização um modelo de indumentaria supostamente indecentes. Diz-se que numa reunião do Comité permanente ela teria vestido um chamado “colan xuxuado”.