Luanda - O ministro angolano da saúde José Van-Dúnem destacou hoje em Luanda, no distrito urbano do Sambizanga, o benefício que representa a descentralização do tratamento de doenças do fórum mental.

Fonte: Angop

Esta descentralização procede-se com a potencialização dos hospitais municipais do Cacuaco, Cazenga, Sambizanga e Viana.

O ministro prestou estas informações no encerramento da quarta edição de “Rastreio, aconselhamento e palestras sobre doença mental”, iniciado a 8 do mês de Outubro em toda província de Luanda.

De acordo com o ministro José Van-Dúnem doravante o Hospital Psiquiátrico de Luanda será mais desafogado em termos de recepção de pacientes, com o início de atendimento de casos mentais nas unidades Cacuaco, Cazenga, Sambizanga e Viana.

O governante fez saber que os hospitais estão já com recursos materiais e humanos especializados e capacitados, como médicos psiquiátricos, sociólogos e psicólogos.

É um projecto que tem como propósito dar maior conforto, assistência e consequentemente reduzir ao máximo os casos do fórum mental aos cidadãos.

Para a efectivação do mesmo, a agremiação tem o apoio dos ministérios da Juventude e Desportos, Reinserção Social e do Conselho Nacional da Juventude.

Segundo a coordenadora do Programa Nacional de Saúde mental, Massochi Vigário, a escolha dos municípios acima referenciados prende-se com facto de serem os que mais pacientes transferem para o Hospital Psiquiátrico.

A médica apela a uma convivência sadia nos lares, comunidades e entre vizinhos por forma a evitarem depressões mentais.

Angola honra compromissos com Fundo Africano para Emergências


Cotonou - Angola é um dos poucos estados membros da OMS, região africana, que honra os seus compromissos com o Fundo Africano para Resposta as Emergências, afirmou sexta-feira, em Cotonou, Benin, o ministro da Saúde, José Van-Dúnem.


Em declarações à Angop, à margem da 64ª Sessão do Comité Regional daquele órgão, realizada na capital beninense de 03 a 07 do mês em curso, o governante angolano informou que dos 47 estados só sete têm honrado regularmente a sua contribuição, sem contudo os identificar.

Esclareceu que por altura da criação do Fundo, o Sudão do Sul não fazia parte da região africana, mas sim do Médio Oriente.

José Van-Dúnem reputou de muito importante o Fundo e deu exemplos de dois aspectos essenciais para definir a sua importância: o primeiro pelo facto do mesmo ter ajudado na resposta a epidemias que assolaram alguns países, nomeadamente o Sudão do Sul, como a cólera e o segundo a sua escassez que esteve na base do retardar da resposta a epidemia do Ébola.

" A organização regional da saúde não tinha os fundos para poder dar uma resposta com muito maior intensidade como a que deu até agora", referiu o ministro angolano da Saúde.

Referiu que apesar de todos os países entenderem a necessidade e a pertinência do Fundo, subsiste, de facto, a realidade de que só sete países estarem a financia-lo.

"Angola, por acaso, é dos países que contribuem para o Fundo porque reconhece a sua necessidade e continuara a faze-lo", garantiu o governante.

Quanto ao Ébola, José Van-Dúnem informou que a reunião de Cotonou enfatizou a necessidade dos países se organizarem para ter laboratórios nacionais que depois poderão evoluir para institutos de controlo de doenças para responderem ao nível dos países e das regiões.

"É urgente que os países tenham laboratórios para poderem responder ao surgimento de epidemias, principalmente de epidemias de origem viral", sustentou.

Outra questão fundamental, que segundo o ministro, prendeu a atenção dos delegados, teve a ver com o Programa e Plano Estratégico de Vacinação e os avanços que foram feitos a nível dos países.

Nesta conformidade, informou que foi abordada a necessidade da introdução de novas vacinas e manter altos os níveis de cobertura das vacinas que já fazem parte do Programa Nacional de Vacinação.

No capitulo das hepatites, o ministro da Saúde deu a conhecer que foi tido como um problema que afecta alguns países, uns com maior incidência do que outros e concluiu-se que ainda em muitos países não há conhecimento, porque não há um rastreio ou seguimento generalizado.

"É uma doença que está a crescer, há passos que estão a ser dados no sentido da profilaxia e do tratamento, embora os medicamentos ainda sejam muito caros e não sejam comportáveis para a grande maioria dos estados.

Por esta razão, disse que foi recomendado que se deve trabalhar intensamente na profilaxia e nas medidas de protecção individual, os estilos de vida e as determinantes sociais da saúde, como a oferta de água, melhoria do saneamento, os hábitos sexuais, a luta contra o uso de drogas, particularmente as injectáveis.

A 64ª Sessão do Comité Regional da OMS para África teve o condão de eleger a nova directora, a botswanesa Moeti Rebecca, em substituição do angolano Luis Gomes Sambo, que desde 2005, dirigiu os destinos da organização.