Luanda - O Ministro da Saúde, José Van-Dúnem, desmentiu, esta semana, em Luanda, a existência, em Angola, de um doente internado com legionella, conforme foi noticiado pela comunicação social portuguesa, citando a Direção-geral da Saúde de Portugal, onde foram notificados 278 casos e registados sete óbitos.

Fonte: Angop

José Van-Dúnem garantiu que “não existe nenhuma informação sobre um suposto caso de legionella no País , como noticiou a imprensa portuguesa”, que disse já terem sido notificados no estrangeiros dois casos, sendo um em Angola e outro no Peru, cujas vitimas estiveram recentemente em Vila Franca de Xira, o foco do surto em Portugal.

O titular da pasta falou à imprensa depois de ter participado num encontro provincial, que abordou o plano nacional de contingência contra o vírus do ébola, doença que afecta países da África Ocidental.

“De qualquer forma, o Ministério da Saúde vai acompanhar a situação, já que estamos num mundo global, pelo que é sempre possível que pessoas que tenham a doença venham para o nosso país”, disse o ministro José Van Dúnem, assegurando que o serviço de vigilância epidemiológica angolano está em alerta e funcional.

José Van-Dúnem lembrou que não se pode perder de vista as grandes preocupações em Angola, que são as doenças que mais matam, como o paludismo, a Sida, a doença do sono, a hipertensão, a diabetes, além dos acidentes de viação, que “estão entre os grandes desafios”.

Portugal vive há seis dias alarmado com o surto de legionella, cujo foco da infecção está em Vila Franca de Xira e a principal suspeita é uma fábrica de adubos localizada em Alverca.

Esta e outras bactérias proliferam nos tanques de água que servem para arrefecer os sistemas quando estes não são alvo de manutenção adequada. Ao evaporar, o ar contaminado é conduzido pelo vento ou pela circulação atmosférica, podendo infectar pessoas por inalação das gotículas onde vai a bactéria.