Lisboa – Deram certas as constatações segundo as quais uma corrente conotada ao regime angolano estaria a adoptar comportamentos que se assemelham a “golpe de Estado”, para tomar vantagens nas eleições da Ordem dos contabilistas e Peritos Contabilistas de Angola (OCPCA).
Fonte: Club-k.net
“Golpe de Estado” em curso
A OCPCA é gerida por uma comissão instaladora (CI) gerida desde a sua fundação pelo economista e antigo Vice-Ministro do Plano, Júlio Ferreira de Almeida Sampaio. Este por sua vez e em obediência aos regulamentos da comissão eleitoral, fica impedido de concorrer ao cargo de bastonário (para evitar que seja arbitro e jogador ao mesmo tempo).
Júlio Sampaio previa se apresentar como candidato único, na qual foi acusado de tentar passar por cima dos regulamentos internos. Porém, no seguimento de chamadas de atenção de que estaria a agredir os princípios eleitorais da OCPCA, este coordenador da comissão instaladora convocou uma reunião realizada, no passado dia 7 de Novembro, para estudar estratégias para “solução” do seu problema.
Na reunião, Júlio Sampaio anunciou a renuncia do cargo de Presidente da Comissão Instaladora da OCPCA indicando, por outro lado, um “delfim” para gerir esta agremiação. De seguida anunciou a sua candidatura ao cargo de Bastonário, a frente da chamada “lista B”, que o tem a testa.
As eleições que estavam marcadas para 14 de Novembro, foram entretanto desconvocadas ficando agora adiadas e sem datas previstas. Corre que o adiamento deve-se, ao facto de terem notado que as eleições estavam desfavoráveis para o lado de Júlio Sampaio, o candidato próximo ao regime. Os mesmos inventaram a alteração dos Estatutos, uma vez que estes diz que qualquer alteração do mesmo, deverá ser proposta em assembleia Geral. Uma vez não existindo a ordem da 1a Assembleia-Geral seria nas eleições.
Júlio Sampaio que agora concorre, pela lista B deverá disputar as eleições com um outro candidato da chamada Lista A, Álvaro Bartolomeu Jacinto Vigário.
Há poucos dias a comissão eleitoral liderada pelo jurista e militante do MPLA (CAP 12), Manuel Gonçalves “Né” recebeu reclamações da “Lista A”, invocando exigências sobre irregularidades ou falhas que se estariam a verificar. Dentre as reclamações, a Lista A, alega que vários integrantes da candidatura B são ao mesmo tempo, membros da comissão eleitoral e tendo nomeado a comissão eleitoral, os seus membros candidatos da lista B, estão em situação de conflito de interesses.