Luanda - O presidente da Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE) elucidou no passado dia 22 de Novembro, em Luanda, que a sua formação política continua a defender que “a mudança de regime”, em Angola, deve ser feita de forma “positiva, pacífica e ordeira”, para que se evite ocorrências “menos boas” idênticas das Repúblicas do Burkina Faso e da Líbia.

Fonte: Club-k.net
Abel Chivukuv.jpg - 21.91 KBAbel Chivukuvuku aconselhou o Governo [sustentado por MPLA desde 1975] aprender com os exemplos que estão acontecer no continente africano e no mundo. “Quem não quer que se repita o que aconteceu no Burkina Faso então implementa a democracia, o estado de direito e a justiça social”, uma vez que são os contextos e as circunstancias que determinam os processos de cada país.

“Estamos alertar que não sigamos esses exemplos para que nós façamos a mudança por via de eleições bem organizada, transparentes e justas para que não precisemos de seguir os exemplos como do Burkina Faso que o Presidente teve que fugir para Costa Marfim”, insistiu o líder da CASA-CE.

De acordo com o líder da terceira força política angolana, a mudança positiva que a sua coligação pretende deve ser igual da Tunísia [que ocorreu durante a primavera árabe]. “Recentemente houve no Magrebe mudanças, e vimos que a mudança na Líbia não foi necessariamente positiva, tal como ocorreu na Tunísia”, realçou, enfatizando que “por isso nós [CASA-CE] é que temos que propor aos angolanos uma mudança positiva e espero que nós todos tenhamos consciência disso e aceitarmos esse sacrifício e risco.”

“Nós [CASA-CE] temos que ser proponentes da mudança positiva (…) para aqueles que hoje estão no regime sentirem-se melhor com a nossa mudança”, reforçou, continuando que “nós queremos ficar com os nossos ex-Presidentes e ex-ministros para convivermos e continuarmos a trabalhar juntos. Mas isso pressupõe que devemos garantir que os processos políticos em Angola se façam de forma regular, transparente e de acordo com a Constituição”.

No entanto, Abel Chivukuvuku aclareou ainda que “ninguém deve pensar que o conceito de mudança seja substituição. Saem uns entre outros e o país fica na mesma. Comigo isso não é possível e se for para isso que fiquem eles”.

Para a nossa fonte falava no encerramento da 1ª jornada do patrono da Juventude Patriótica de Angola (JPA), Hilbert Ganga, “a mudança tem que ser mesmo para que cada cidadão angolano entenda que o conceito de cidadania implica liberdade, dignidade, implica sonhar e ver os seus sonhos realizados, implica ter saúde, ter educação e ter riqueza para todos e não somente para uma porção”.