Luanda - É com enorme preocupação que o Grupo Técnico de Monitoria dos Direitos Humanos tomou contacto, através das redes sociais, com as fotos e os relatos sobre a agressão policial contra LAURINDA GOUVEIA, estudante universitária, ocorrida a 23 de Novembro de 14, em Luanda. As fotos são na realidade chocantes e demonstram bem a brutalidade sofrida pela jovem Laurinda.

Fonte:  GTMDH

De acordo aos relatos, Laurinda Gouveia acompanhava outros 3 jovens até ao Largo 1.º de Maio onde estava previsto um acto organizado pelo Movimento Revolucionário para exigir justiça em relação ao assassinato de Ganga.

Como o largo estava ocupado por agentes policiais, enquanto os 3 jovens tentaram aceder ao mesmo, Laurinda permaneceu com a intenção de fotografar tal acto, razão pela qual foi violentamente agredida e atirada mais tarde do carro para o chão, “como trouxa”, junto ao Largo das Escolas, por parte de agentes da polícia nacional e do SINSE.

De acordo aos relatos, a agressão foi efectuada com tubos, paus e ferros. A vítima declara ter reconhecido o Comandante da esquadra da Ilha entre os agressores.

Durante a brutal agressão, a vítima perdeu os sentidos várias vezes e urinou-se tendo por isso sido alvo de tortura psicológica.

De acordo a diversas fontes, Laurinda Gouveia sofreu ainda ameaças de morte.

Nesta conformidade, o GTMDH solidariza-se com a jovem activista Laurinda Gouveia, com a família e com os companheiros do Movimento Revolucionário.

Ao mesmo tempo apoia todas as iniciativas de denúncia e de responsabilização deste horrendo e inaceitável acção brutal por parte da polícia nacional e do SINSE.

O GTMDH exige ainda a abertura imediata de um processo de investigação e a responsabilização de todos os agentes policiais e os membros do SINSE envolvidos nesta acção barbara.

Por outro lado apela à solidariedade absoluta de toda a sociedade, especialmente da Primeira-dama, das mulheres polícias, das mulheres e jovens estudantes, das mulheres partidarizadas, das mulheres parlamentares, das mulheres juristas, das mulheres jornalistas, das mulheres diplomatas, das mulheres artistas, das mulheres educadoras, das mulheres da saúde, das mulheres mães e das mulheres irmãs.

O GTMTH exige um pronunciamento imediato do Presidente da República condenando o tão violento acto e confirmando a abertura do processo judicial que investigue e responsabilize os autores deste hediondo crime.