Luanda - Os actos de agressões física, verbal, psicológica e patrimonial, contra a mulher nos lares e locais de trabalho devem ser denunciados às autoridades, por forma a se reprimir este tipo de actitude, disse hoje em Luanda, a jurista e representante da Associação de Mulheres Juristas, Soraia Pereira.

Fonte: Angop

O apelo da jurista foi feito durante uma palestra subordinada ao tema “Violência contra o género”, promovida pela União Nacional dos Trabalhadores Angolanos (UNTA), no mercado São Paulo, para as quitandeiras locais, no âmbito dos 16 dias do activismo sindical contra violência no género.

De acordo com Soraia Pereira, o desconhecimento da Lei que protege os cidadãos de qualquer tipo de violência e dos locais para formulação de queixas, está na base do cometimento de mais acções criminosas.

Fez saber que muitas mulheres não denunciam os crimes perpetrados contra si, por medo de represálias do agressor e outras por desconhecerem os seus direitos.

Por este facto, disse, é imperioso que se continue a divulgar a Lei contra violência, bem como os locais de queixa.

Informou que a mulher sindicalizada tem como prioridades, a regulamentação do trabalho doméstico e da maior organização das suas estruturas no sector do comércio informal, por representarem a maioria dos trabalhadores angolanos.

De igual modo, asseverou a necessidade de se garantir a sua segurança social, eliminar a desigualdade social e promoção do diálogo como factores preponderantes para o bem-estar.