Lisboa – No âmbito das comemorações do 66º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o Conselho de Coordenação dos Direitos Humanos (CCDH) prevê atribuir esta quarta-feira, 10, em Luanda, diplomas de reconhecimento a algumas figuras e instituições pelos seus empenhos na defesa dos Direitos Humanos no país. Mas a pretensão desta organização (de carácter duvidosa) é contestada energicamente pela associação Mãos Livres que diz ser “um atentado as vítimas de violação dos Direitos Humanos em Angola”.
Fonte: Club-k,net
Numa nota de imprensa entregue ao Club K na última terça-feira, 09, assinada por Salvador Freire dos Santos, a Mãos Livres – na qualidade do presidente do CCDH – reforça que a actividade acima referida “não é um acto do CCDH, mas sim do governo angolano”, usando Laurindo Paulo, o suspenso vice-presidente desta instituição.
“O CCDH é um consórcio de Ong's e não um instrumento de poder político. Assim, a associação Mãos Livres apela a todas organizações e personalidades para não comparecerem no acto marcado esta quarta-feira, 10, no auditório ‘Maria do Carmo Medina’, na faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto”, concluiu a nota.
Curiosamente o apelo da Mãos Livres terá surtido, no mesmo dia (09/12), efeito. Pois, a Fundação Open Society - Angola (FOSA) que inicialmente seria um dos beneficiários destas “diplomas de reconhecimento” do CCDH, diz – através de um comunicado em nossa posse – não ser política da organização receber reconhecimentos, ou prémios de organizações que beneficia(ra)m dos seus financiamentos. “Por esta razão, a FOS -A recusa receber o referido reconhecimento outorgado pelo CCDH”, pode-se ler na nota.
Mas, ironicamente, agradeceu o CCDH pelo reconhecimento do seu trabalho na promoção e protecção dos direitos humanos em Angola. “A FOSA reconhece que todo o crédito do trabalho desenvolvido na promoção, protecção e defesa dos direitos humanos pertence às organizações da sociedade civil e dos activistas dos direitos humanos angolanos”, salientou.
O Club K sabe que a par a Fundação Open Society, o CCDH pretende atribuir, durante a cerimónia, diplomas ao Presidente da República, José Eduardo dos Santos, e ao presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos “Nandó”, pela – segundo esta organização – abertura ao diálogo para a abordagem e busca de soluções das preocupações em Direitos Humanos.
Consta ainda na longa lista dos “diplomados” do CCDH, o provedor de Justiça, Paulo Tjipilica, ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Rui Mangueira, ministro do Interior, Ângelo Tavares, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e os embaixadores da República Federal da Alemanha, Rainer Muller, Reino da Espanha, Júlia Olmo, Reino da Noruega, Ingrid Ofstad, Estados Unidos da América, Helena La Lime, Reino Unido, John Dennis.
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