Lisboa -   O Ministério das Finanças está no foco das atenções,  de círculos independente  que se dedicam a investigações sobre a transparência e corrupção no regime angolano. Em causa, estarão operações  de compra e venda de edifícios na qual suspeita se  estar diante de “negociatas suspeitas” ou de alguma  subfacturação

Fonte: Club-k.net

Compra de pisos  no edifício Dipanda

Em 2012,  o Ministério das Finanças ainda sob tutela do então Ministro Carlos Lopes celebrou  um contrato  com a Empresa Novinvest, S.A  para compra do  3.º  piso da Torre A,  e dos 6.º e 7.º pisos da Torre B do edifício Dipanda, adjacente ao Largo da Independência, na Cidade de Luanda.  A Novinvest, S.A  é uma empresa privada conotada  aos interesses  empresarias do Vice- Presidente Manuel Vicente, e do Jurista Carlos Feijó em associação com o Grupo BAI.

Em Dezembro de 2013, o Secretário Geral do Ministério das Finanças, Américo Miguel da Costa foi mandatado pelo actual Armando Manuel para assinar um contrato com a  CASANOVA-HOME & OFFICE, LDA, para a execução de diversos trabalhos necessários à instalação de escritórios no Edifício em referencia. Para esta operação,  o ministério das finanças gastou Kz: 80.047.025,00, o que  corresponde,  a 800 mil   dólares americanos. 

Há poucos dias, o ministro Armando Manuel subdelegou  plenos poderes a Sílvio Franco Burity, Director Nacional do Património do Estado, para em representação deste Ministério, comprar o 2.º piso - com uma área bruta de construção de 824.49 m2, - do mesmo edifício Dipanda, bem como a realização das despesas inerentes ao contrato a celebrar e a regularização jurídica do imóvel.

Por outro lado, em Setembro passado, o Presidente  José Eduardo dos Santos aceitou a um pedido do Ministro Armando Manuel para  a  construção de um  novo edifício sede do Ministério das Finanças, na zona baixa da Cidade de Luanda, situada entre a Rua Amílcar Cabral e a Rua da Ásia e entre a Rua Frederic Engels e a Rua Fernando Brique.

Nos meios que acompanham  todas estas movimentações procuram entender qual a necessidade do ministério das finanças comprar andares no edifício Dipanda, uma vez que já está em curso a construção de um edifício de raiz para este órgão do executivo.  Questiona-se ainda os critérios de se gastar cerca de  800 mil     dólares para decoração dos apartamentos comprados neste mesmo edifício ligado aos interesses de Manuel Vicente e Carlos Feijó.