Lisboa -  O Presidente  do Conselho de Administração das “Edições Novembro-EP”, o luso-angolano  António José Ribeiro (na foto) está, conforme linguagem empregue  “com os dias contados” no cargo que ocupa, uma vez que o Presidente da República recebeu recentemente uma  proposta contendo três nomes para o substituir.

 Fonte: Club-k.net

Gabinete Presidencial já não o  precisa 

De acordo com leituras pertinentes,  as autoridades angolanas revelam-se  apressadas em encerrar  o  processo de exoneração de José Ribeiro. Uma das figuras que mais  se aplica  nesta medida  é Manuel António Rabelais, o Secretário do Presidente da República para os Assuntos de Comunicação Institucional e Imprensa.

Manuel  Rabelais  solicitou antes  ao ministro da comunicação social, João Luís de Matos (JLM) para apresentar uma lista de propostas de quadros para integrarem o  futuro  Conselho de Administração desta  empresa pública  que tutela o “Jornal de Angola” . Porém, na ausência de resposta imediata do ministro,  Rabelais  decidiu avançar com a sua própria  lista que agora  aguarda pela assinatura do PR, José  Eduardo dos Santos que tem a competência de assinar os despachos para nomeação das direções das empresas estatais.

António José Ribeiro que se diz ter entrado  como Director-Geral do Jornal de Angola sob o apadrinhamento de  Aldemiro Vaz da Conceição, esteve antes colocado como adido de imprensa em Portugal e depois na Suíça.  O seu mandato na gestão do único diário angolano ficou marcado pelo reforço da implementação de uma linha editorial assente na intriga, calunia e difamação contra figuras criticas  ao regime angolano.

Inicialmente teve aceitação dos trabalhadores por ter  implementado politicas de incentivo como o amento de salários dos funcionários, aquisição de viaturas,  regularização  na segurança social,  acesso ao cartão da Loja Jumbo e a  clinica Meditex, para consulta  médica dos mesmos.  Não tardou muito, a sua imagem ficaria beliscada pelas suas debilidades nas relações humanas.

Ribeiro incompatibilizou-se com os quadros seniores da empresa  ao ponto do seu assessor de nacionalidade portuguesa,  Artur Queiroz, usar as próprias páginas do Jornal para fazer ataques pessoais  contra o administrador e  DG adjunto Filomeno Manaças, que é um quadro que interage  com o “desk” do  Serviços de Inteligência e Segurança de Estado (SINSE) que acompanha as “Edições Novembro”

O seu mandato ficou também beliscado por uma avaliação do SINSE que o responsabilizou pelos excessos na gestão editorial. O  SINSE teve de chamá-lo atenção   por ele  colocar exageradamente destaques com o rosto  do Presidente José Eduardo dos Santos que no entender desta instituição de inteligência  estavam a causar efeitos de saturação, da parte dos leitores,  com relação a imagem do   Chefe de Estado angolano.