Luanda - O Hospital Geral Especializado Neves Bendinha, em Luanda, garante assegurar o atendimento da possível demanda de casos de queimaduras que acontecerem durante a quadra festiva, soube-se hoje, sexta-feira.

Fonte: Angop

Em entrevista à Angop, a directora do Neves Bendinha, Lídia Dembi, para o atendimento de possíveis casos de doenças, as equipas médicas dos bancos de urgência (queimados e medicina) foram reforçadas e apetrechadas com medicamentos diversos, para, principalmente, dar resposta satisfatória à população durante a quadra festiva.

“Preparamos as enfermarias, dando alta aos doentes que já estavam aqui há já algum tempo com essa indicação , para deixar vagas, porque, nesta altura, aumentam os traumatismos e as queimaduras”, sublinhou.

Acrescentou que o Hospital têm 98 camas que não sido suficientes para atender a demanda de queimados, pois, embora ser provincial, tem um comportamento de âmbito nacional, por receber doentes de todas as províncias do país.

Segundo Lídia Dembi, o Hospital está preparado, possui camas vazias, porque a demanda pode ser mais do que aquilo que se espera, por isso, as equipas devem estar em prontidão, com elevado espírito de responsabilidade, de acordo com as escalas criadas.

A médica, no entanto, disse que o Hospital de queimados recebe mais crianças do que adultos, normalmente, de famílias de baixa renda, as quais as mães estão todo tempo fora de casa, muitas vezes a vender e deixam os pequenos com irmãos mais novos, com vizinhos ou mesmo sozinhas em casa, e como são muitos curiosas queimam-se.

Assim, apela as mães para que nessa altura de festas redobrem a atenção para com as crianças, afastando tudo que é perigoso ao redor delas, como os fósforos, botija de gás, ferros eléctricos, tomadas desprotegidas, petróleo e geradores de energia.

Para ela, a construção de mais creches públicas seria o ideal para ajudar as mães que não têm condições financeiras, para albergar os seus filhos.

Na área de queimados do Hospital Neves Bendinha, com 10 médicos, são atendidos por média diária 18 a 20 doentes, no banco de urgência, onde o material gastável e fármacos são adquirimos através de parceiros particulares.

De Janeiro a Dezembro deste ano, foram atendidos 459 doentes queimados, a maior parte dos casos crianças.

Por outro lado, Lídia Dembi informou que o doente queimado requer muita atenção, mas o Hospital regista alguma deficiência em termos de atendimento nos cuidados intensivos, por insuficiência de médicos intensivistas, pois os que existem trabalham das 8H00 às 15H:30 e não há outros para sustentar os outros horários.

“Precisamos de especialistas para atender urgências e outro para fazerem enxerte de pele”, disse.

Lidia Dembi apontou como perspectivas para o próximo ano um novo bloco operatório, pois o actual é antigo e com o material muito velho.

“ A perspectiva é termos um bloco novo, pois já temos garantia de apoio em termos de aquisição de material, porque o que temos não tem respondido à demanda de doentes queimados, e o reforço do número de médicos”, sublinhou.