Lisboa - A Federação das Associações Angolanas em Portugal (FAAP) mostrou-se “indignada” com o assassinato do cidadão angolano, Lee dos Santos, ocorrido, este domingo, no estabelecimento prisional do Linhó, em Sintra (distrito de Lisboa), onde estava preso desde 2011.

Fonte: Angop

ImageCondenado a sete anos e meio de prisão por furto, roubo e posse de arma proibida, o recluso angolano, de 27 anos, foi morto com uma arma branca, atingido num ombro e no abdómen.

A Direcção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) de Portugal já confirmou a identificação do suspeito do crime.

Segundo a DGRSP, o corpo de Lee dos Santos encontra-se já para o Instituto de Medicina Legal para ser autopsiado, estando as autoridades policiais a trabalhar para a percepção dos contornos que levaram ao macabro acontecimento, cometido durante as horas de recreio, no pátio, por um ou mais reclusos".

As autoridades prisionais afirmam que o acto resultou da “ruptura dos serviços prisionais e de uma manifesta falta de guardas”, ao que a Federação das Associações Angolanas, num comunicado enviado à Angop, deplora “profundamente”.

“Lamentamos que não tenha havido guardas prisionais para salvaguardar a integridade física de reclusos, resultando na morte de um cidadão angolano, encarcerado por furto, roubo e posse de arma proibida”, diz a nota da FAAP assinada pelo seu presidente, Jerónimo David.

No comunicado, a FAAP espera que “o acto perpectuado não esteja associado a situações de racismo ou outro análogo de descriminação condenável”, alertando que “se for o caso, os angolanos não irão tirar ilações precipitadas pelo facto de o processo estar sob investigação”.

Do incidente na prisão do Linhó, que levou a morte o cidadão angolano, fruto de “inesperada” troca de agressões entre um circunscrito número de reclusos, resultou também o ferimento de um outro recluso.

Filho de Gugo Santos e de Maria dos Santos, Lee dos Santos morava em Lisboa antes de ter sido condenado, e não deixou filhos e mulher.