Lisboa - Em meios do convívio dos generais Manuel Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa” e Fernando Garcia Miala notam que estes dois altos oficiais militares do regime angolano, tem desde algum tempo apresentado sinais de aproximação cessando assim, o período de hostilidade mútua que os colocava em campos opostos.
Fonte: Club-k.net
O sinal mais visível de iniciativas de aproximação entre ambos foi assinalado por dois contactos (embora que de forma cínica) que tiveram desde que Fernando Miala saiu da cadeia em Outubro de 2009.
No seu circulo privado, por exemplo, o general “Kopelipa”, terá adotado um novo discurso desmarcando-se da autoria da cabala que determinou ao afastamento e detenção deste antigo Director-Geral da Serviço de Inteligência Externa (SIE).
Já por parte de Fernando Miala, foram também notadas ausência de reserva contra “Kopelipa” e outros responsáveis pela sua desgraça política. Na véspera do seu casamento realizado em Setembro de 2013, o general Fernando Miala endereçou um convite ao general Manuel Vieira Dias Júnior “Kopelipa”. Este por sua vez, não compareceu no enlace matrimonial mas enviou um filho seu, Kopelipa Pitragros Vieira Dias “Buchecha” que o representou.
Afastado da vida política ou militar activa, o general Fernando Miala tem desde algum tempo vindo a cumprir algumas missões especiais do Presidente José Eduardo dos Santos, razão pela qual “insideres” no regime aplaudem uma eventual reconciliação entre ambos por estarem condenados a trabalhar juntos para o mesmo patrão.
Da ultima vez que o Presidente JES efectuou uma visita privada a Barcelona, o general Fernando Miala teria lá estado, uma semana antes, cumprindo uma “missão presidencial”.
Fernando Miala deixou de ter oficialmente cargo no regime desde 2006, após ter sido vitima de intrigas políticas aparentemente movidas pelos generais António José Maria e Hélder Vieira Dias “Kopelipa”. Foi colocado na cadeia por três junto com os seus colegas da Inteligência Externa. Era uma figura da alta confiança de José Eduardo dos Santos e actuava como “segunda entidade” de maior influencia no regime angolano.