Cabinda - O Partido de Renovação Social criticou asperamente a situação em Cabinda afirmando que o governo angolano mantém a população do território num sistema repressivo igual ao do colonialismo português e da “ditadura marxista” da primeira república após a independência.

*Manuel José
Fonte: VOA

O secretário provincial do PRS em Cabinda, Gabriel Conde, disse em entrevista à Voz da América que a população de Cabinda vive momentos menos bons por falta de liberdade e dificuldades económicas fora do comum.

“Há falta de medicamentos nos hospitais, o agravamento das listas de espera para as consultas, na educação idem, os jovens encontram dificuldades para arranjar emprego, é preciso ser do MPLA se não fores mesmo para varrer a rua você não consegue, não sendo do MPLA", disse Conde que acrescentou que quando o cidadão se tenta manifestar as forças da ordem e segurança do regime usam a brutalidade para reprimir.

"Continuamos ainda praticamente em 1975 quando florescia o sistema comunista em Angola quase nada mudou”, disse.

“Estamos num regime ditatorial, o MPLA conta sempre com a força militar para impor, reprimir a voz dos cabindas e esta arrogância do MPLA vai fazer com que o problema de Cabinda se mantenha sem solução", disse.

O secretário provincial dos renovadores sociais em Cabinda comparou a atitude do actual governo com a do colonizador português até à independência de Angola.

"O actual governo tem estabelecido uma relação de colonizador e colonizado, os cabindas não se sentem livres”, disse o dirigente local do PRS que afirmou que em Cabinda qualquer critica mínima “que é um direito do cidadão acusam-te imediatamente de pertencer a FLEC"

A postura dos órgãos de comunicação social em Cabinda não escapou à critica do político da quarta forca partidária do país.

"Quando falamos da actual situação económica dos cabindas nada pode sair na comunicação social porque tudo está monopolizado, tudo é censurado”, disse.

“Temos pena dos jovens jornalistas com algum talento mas não podem fazer nada, carecem de liberdade", disse