Benguela - As oscilações no mercado internacional do preço do petróleo, continua a abanar e a deixar imensas incertezas na economia doméstica, mormente na caça de receitas para o presente Orçamento Geral do Estado (O.G.E).

Fonte: Club-k.net

 Economistas locais desentendem-se quanto os efeitos nefastos da actual “crise de receitas” e do comportamento do preço dos produtos no mercado.

Há quem diga sim, o mercado reagirá negativamente dada a nossa especificidade de vivência que por vezes contraria à ciência. Enquanto outros discordam, nada mudará.

Estes últimos defendem a contenção e racionalização de despesas que agora alimentam o palavreado político. Pois, querem forçosamente incutir na nossa mente, educação financeira. Talvez possamos levar a sério.

É óbvio! Que essa crise é “provocada”, pois foi anunciada há muito tempo. Em 2008, foi o ano do teste de ensaio, que inicialmente, as vozes da “verdade absoluta” soltaram salivas a dizer-nos que Angola sairia ilesa. Todavia, mais tarde, rendidos a nudez da economia desdizerem.

Nesses dias regressaram em placo estão a cantar, só que plateia não está a vibrar como de outrora. Não obstante, o discurso de fiscalização das instituições com vocação constitucional para o efeito, cujo fim é fechar o cerco as “despesas prazerosas”. Tornaram a melodia em “barulho barulhento”, há “descrença generalizada”.

Pois, que, as tentativas de pronunciamentos animadores pecam por defeito porquanto O.G.E. é uma lei com princípios, regras e procedimentos que regem as despesas e as receitas. E mais, sempre afirmaram que as contas do Estado “estão conformes”, até a maioria parlamentar aprovou-a com “sentido de Estado” e os executores orçamentais celebraram com júbilo.

Os artistas gritam para racionalização das despesas estatais e familiares, é verdade, o momento impõe-se. Porém, aconselhamos também a falar para desmantelar a maior máfia do O.G.E. que consiste na promiscuidade entre negócios públicos e privados; é a fonte de espremer à esponja as receitas do Estado entre empresários-governantes ou governantes-empresários a todos os níveis.

 É só verem as obras temporárias, péssimas, remediavél mas que constantemente o Estado paga com ordens de enriquecimento conhecidas também por ordem saque.

 Esses devem ser educados primeiros a serem cidadãos e não lapidadores do erário público de forma legalizada. Pois, nos dias de hoje, é tudo documentado, mas por baixo há oceanos de dinheiros a desaguarem em locais escuros.

A educação financeira deve ser posterior  a educação para cidadania, pois que um “bom cidadão” sabe ser e estar.

Agradecemos as lições da disciplina imposta “coação para finanças” familiares que devemos ter. Contudo, repudiamos veementemente as condutas indecorosas, “anti-patrióticas” que empobrecem o Estado.

Apesar de todo mal, continuamos a confiar os “cérebros génios” capazes de contornar o impossível, viajando para mansões em todo mundo, parabenizando a visão estratégica para os negócios egoísticos.

Desta vez, tocaram no âmago, maldito petróleo!

Domingos Chipilica Eduardo