Lisboa - Está a ser atribuído ao Presidente da República, José Eduardo dos Santos (JES), o “esboço experimental” de um testamento político estimando o seu suposto desejo quanto ao elenco que asseguraria o país num quadro de retirada voluntária do mesmo.

Fonte: Club-k.net 

De acordo com previsões baseadas nos dados do “esboço”, o Presidente da República concorreria nas próximas eleições gerais  de 2017,  como cabeça de lista do MPLA, da qual conta vence-las.  Porém, a meio do mandato - caso a saúde  estiver a  seu desfavor  favor, ele renunciaria o mandato mantendo-se apenas na liderança do partido, o MPLA, abrindo então caminho para a ascensão do seu substituto constitucional, Domingos Manuel Vicente.

Assim sendo, Bornito de Sousa Baltazar Diogo, o actual ministro da Administração do Território ascenderia a vice-Presidente da República. Contudo, seria num  segundo mandato de Manuel Vicente, isto, em 2024,  que um outro elemento  José Filomeno Sousa dos Santos, actual PCA do Fundo Soberano de Angola  se tornaria no Vice- Presidente da República.

A saída de JES seria igualmente assinalada,  com a retirada do “poder militar” do general Manuel Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa”, do cargo de Chefe da Casa de Segurança do PR.  

Eduardo dos Santos no testamento que lhe é atribuído, reserva a chefia da Casa de Segurança,  ao general Higino Francisco Higino Lopes Carneiro, actual governador do Kuando Kubango para ter como adjunto  o general Eusébio de Brito Teixeira, actual governador do Kwanza Sul.

Para a chefia da Unidade da Guarda Presidencial (UGP), o “testamento presidencial”, reserva o seu comando a Catarino Avelino dos Santos, um sobrinho do PR, actualmente a funcionar na Casa de Segurança da Presidência.   Catarino dos Santos que sempre foi visto como um civil,  terá  já beneficiado de uma promoção ao grau de  tenente-general.

Um outro elemento mencionado para integrar a alta hierarquia dos serviços de segurança no mandato de Manuel Vicente, é o tenente-general Gilberto da Piedade Veríssimo, antigo DG adjunto do Serviço de Inteligência Externa.

Respeitante a posição do MPLA sobre os cálculos atribuídos ao PR, no testamento em referencia, fontes independentes alegam que os “barões do  partido”, não estão em condições de rejeitar os desejos/decisões presidenciais (entenda-se ascensão de Manuel Vicente e Zenu), uma vez que  ficaram comprometidos  com os   créditos milionários que beneficiaram  do  BESA.

Os cálculos avançados a serem concretizados darão razão as alertas do antigo Primeiro Ministro, Marcolino Moco segundo as quais as verdadeiras  intenções do  Presidente José Eduardo dos Santos é fazer do seu filho futuro Presidente de Angola.