Lisboa -  Está a ser atribuída ao ministro   do interior de Angola, pretensões de afastar neste primeiro trimestre do ano  o Director Nacional da Direção Nacional de Investigação Criminal (DNIC), comissário-chefe Eugénio Pedro Alexandre, que estará também no termo do seu mandato.   

Fonte: Club-k.net

Policia de Investigação  passará a chamar-se SIC

A nomeação do futuro director, deverá coincidir  com a elevação de um novo órgão, o Serviço de Investigação Criminal (SIC) que consta no novo organigrama do Ministério do Interior submetido ao Conselho de Ministros, está plasmada no Decreto Presidencial n.º209/14 de 18 de Agosto

O Serviço de Investigação Criminal (SIC) é a denominação atribuída à nova entidade do Ministério do Interior que, deverá absorver todos os funcionários da Direcção Nacional de Investigação Criminal (DNIC) e da Direcção Nacional de Inspecção e Investigação das Actividades Económicas (DNIIAE).

Apesar de se estar  no processo de identificação de   quadros que correspondam aos   desafios que se quer implementar no SIC (Actual DNIC) , são conhecidos traços do  pensamento do Ministro  Ângelo de Barros Viegas Tavares, reveladores de que fazia gosto propor  alguém com um perfil semelhante ao do Comissário-Chefe,  António Maria  António Sita, o actual  comandante provincial de Luanda.

António Maria  António Sita terá sido abordado sobre o tema,  mas  os seus interlocutores não notaram nele algum entusiasmo para o futuro  cargo. 

O tema do  o afastamento do actual director nacional  da DNIC  foi “avolumado” , na sequencia  de um informe posto a circular em meios do regime, segundo a qual aquela instituição  estaria a perder a sua eficácia e entrando em  declínio quanto  ao combate de atividades ilícitas no país.  Diz-se que desde que a equipa de “Quim” Ribeiro foi enjaulada a DNIC, nunca mais foi vista em operações de desmantelamento de redes droga no país. 

É também dada como  exemplo,  uma suposta  lista contendo nomes de quadros que tiveram problemas  disciplinares ou que estavam  afastados por infração disciplinar  que acabaram  por ser colocados a desempenhar cargos de directores  junto aos órgãos da DPIC, nas províncias.

Há meses atrás, considerou-se despropositado, informações postas a circular  em meios do Tribunal Provincial de Luanda, segundo as quais,  um  inspetor Pedro Francisco António Segunda “Lito Chuva”,   chefe da investigação criminal da Maianga  teria sido visto a almoçar com um suposto  amigo, António Ezequiel Bonda, “Pablo Ouro”, momentos depois de terem participado, como declarantes, numa sessão plenária judicial.  “Pablo Ouro” que é  músico do estilo rap, é geralmente apresentado como  o líder do Homens Das Artes (HDA), um grupo que se apresenta como praticantes de artes marciais, em Luanda.  

Nomeado a margem do Decreto Presidencial n.º 212/11, o actual director da DNIC,  Eugénio Pedro Alexandre é um quadro a quem altos funcionários do comando geral da Policia reconhecem-lhe predicados próprios e elevado nível de dedicação ao trabalho.  Entre os seus colaboradores mais próximos está,  Fernando Recheado, o chefe do Departamento de Crimes contra Pessoas da DNIC. Recheado tem a reputação de ser  um dos mais habilitados  quadros da investigação nacional  a quem lhe atribuem o desvendamento ou  esclarecimentos  dos crimes (Caso Kamulingue  e outros) mais complexos que aconteceram nos últimos quatro anos em Luanda.