- Exª. Senhor Presidente da UNITA;
- Exª. Senhor Vice Presidente da UNITA;
- Exª. Senhor Secretário Geral da UNITA;
- Exª. Senhores Convidados;
- Senhoras e senhores!

Sob o lema "FALA – OBREIROS DA LIBERDADE E DEMOCRACIA EM ANGOLA", respondemos ao convite que nos foi endereçado pela Comissão de Organização e Realização de Eventos do Partido para dissertarmos sobre o tema “O papel das FALA na conquista da Independência e Liberdade em Angola”, o que fazemos com imenso gosto e expectativa de podermos escavar na profundidade do tempo esta epopeia iniciada por homens e mulhres que de forma decisiva contribuiram com a ascensão do País a independência em 11 de Novembro de 1975 e na adopção da constituição que faz de Angola Estado Democrático e de Direito.

Senhoras e Senhores!

Com a partilha da África pelas potências coloniais, na Conferência de Berlim, em 1884-85, que resultou com a fixação das fronteiras de Angola, mas sem Kabinda.

Com a finalização dos acordos entre Portugal/França e Portugal/Bélgica que determinou a fixação da fronteira de Kabinda em 1913. E em 1956 a colocação do território de Kabinda sob administração do governador geral de Angola.

Com o fim da resistência dos Reinos Africanos de Angola contra a ocupação colonial portuguesa e o surgimento da afirmação do conceito de Angola na vida dos africanos amalgamados no seio de uma mesma fronteira.

Surge a partir deste momento uma alteração na correlação de propositos e na vivência histórico-filosófica, político-económica e sócio-cultural de Portugal com os Antigos Reinos Africanos de Angola.

A submissão pela força das armas passa a estender-se para a desestruturação filosofico-política, económica, social e cultural da identidade africana dos angolanos, numa dimensão de alcance tão profundo que mesmo passados 39 anos depois da independência de Angola, ainda seus centrismos se mantêm presentes e actuantes na vida do país que procura aprofundar a sua independência política e económica. O testemunho do cientista político queniano, Ali Mazrui é lapidar quando diz: “...nenhum outro continente sofreu em tão pouco tempo, menos de um século, tantas mudanças impostas ou vindas do exterior quanto a velha e rural África.”

Apesar desta alteração na correlação estratégica de propositos, a resistência ao colonialismo nunca esmoreceu. Os nacionalismos dos Antigos Reinos Africanos de Angola forçados pela conjuntura passaram a interpretar de forma diferente o fenómeno colonial e gradualmente foram se transformando em protonacionalismos e alicerces da futura construção do nacionalismo angolano.

Esses Protonacionalismos foram responsáveis pelo surgimento da geração de protonacionalistas angolanos cujos nomes a historigrafia angolana devera resgatar do esquecimento imposto pela coveniência política actual.

Muitos destes protonacionalistas no meio rural e nas missões evangélicas e católicas influenciaram profundamente com o cunho da identidade africana os fundamentos para a construção do nacionalismo angolano, tendo alguns sido avós dos primeiros fundadores do nacionalismo angolano como foram os casos do avô de Holden Roberto, Miguel Nekaka e do avô de Jonas Malheiro Savimbi, Joaquim Sakaita Savimbi e outros.

Nos grandes centros urbanos, as populações mais em contacto com a «civilização» ocidental imposta pelos colonos, os protonacionalistas angolanos passaram a expressar através das elites as suas aspirações na poesia e literatura, na imprensa «nativista», em associações indígenas e outras.   

Após a Segunda Guerra Mundial começam a soprar mais fortes os ventos de mudança em África. Muitos africanos que lutaram nos exércitos das potências colonizadoras como a Inglaterra e a França contra os nazis alemães e os fascistas italianos passaram a sonhar também com a libertação dos seus países.

Em Angola, os ecos independentistas alteraram o discurso ideológico do autonomismo para o discurso da independência que de forma titubeante faz surgir as primeiras associações, movimentos e partidos com projectos programáticos inscritos dentro de um espectro político-ideológico bastante alargado que vai desde os comunistas a capitalistas nacionalistas que vão convergindo para o surgimento da UPNA (União das Populações do Norte de Angola) em 1954 que evoluiu para a UPA (União das Populações de Angola) em 1958 e FNLA (Frente Nacional de Libertação de Angola) em 1961. O MPLA surge em 1956, data oficial polémica, e teve também um longo processo de convergência das diversas tendências nativistas e leuconacionalistas para a afirmação do nacionalismo luso tropicalista.

Com o eclodir da luta armada, um fenómeno político-ideológoco começa a corporizar-se no seio dos angolanos, causado pela divisão do mundo em dois blocos e pelas divergências protonacionalistas mal abordadas com consequências que passaram a ter reflexos na luta contra o colonialismo português.

O avolumar-se das contradições atinge o nível de antagonismo alarmante. O ELNA (Exército de Libertação Nacional de Angola) braço armado da FNLA e o EPLA (Exército Popular de Libertação de Angola) braço armado do MPLA são jogados para a luta fratricida.

Com os dirigentes da FNLA instalados em Leopoldville e os do MPLA em Brazaville arquitectando a eliminação um do outro, as razões da luta anti-colonial são substituídas pela predominância da luta fratricida entre angolanos.  

Esses antagonismos desmotivaram muitos patriotas que acabaram por abandonar os caminhos da luta. E os que se motivaram, concentraram-se em encontrar uma terceira opção que desse respostas a letargia que se assistia no avanço da luta anticolonial e nos desvios na concepção do futuro de Angola. E como consequência, em 1966,surge a UNITA.

A UNITA aparece como um projecto de sociedade mais avançado em relação aos defendidos até aí pela sua identidade se inspirar na identidade protonacionalista originária de todos angolanos e nos valores positivos do património humano universal, fundamentando em priorizar a realização do angolano em primeiro lugar e sempre, tendo especial atenção aos mais desprotegidos que lutam com armas desiguais a partida.

As FALA nasceram neste complexo momento, mas vincando desde a partida uma identidade que marcou e tem continuado a marcar a História de Angola, com o chamado “Espírito do Muangai”.

Esta identidade foi herdada dos construtores do nacionalismo angolano e do Projecto do Mwangay que consagraram na UNITA os princípios da universalização das conquistas humanas como património da humanidade, dos princípios da identidade africana e angolana, do princípio da construção do Estado democrático e de direito como fundamento da nova visão filosófico-política na abordagem da política, da economia, do social e da cultura, dos princípios da unidade, da paz e da liberdade.

Esta identidade permitiu as FALA manterem-se independentes de qualquer influência, desde os chineses que em 1965 treinaram os primeiros comondantes que foram a célula embrionária da sua construção. Mantiveram-se distantes da influência da ideologia da África do Sul do apartheid, buscando em outros países africanos equilíbrios para a sua sobrevivência e afirmação.

O legado das FALA foi construido com muita bravura no momento conturbado da sua História em 1966, quando iniciam a luta armada contra o colonialismo português sem armas e sem Bases no estrangeiro e acreditando só no povo e na força da sua identidade  como o centro da sua inspiração na acção, e é desta lógica que decorre a afirmação da cultura baseada no princípio de “contar essencialmente com as nossas próprias forças”.

Os Heróis desta saga foram Jonas Malheiro Savimbi treinado na República Popular da China na Academia de Pequim e vindo a tornar-se seu primeiro e último Alto Comandante. Os Heróis desta saga treinados em Nanquim foram: David Jonatão Chingunji (Samwimbila),morto em 1970, Isaías Masumba, Jacob Hosi Inácio, preso pela PIDE, Jeremias Kusia Chinyundu, preso pela PIDE, José Kalundungu; Mateus Banda, Nicolau Chiyuka Biangu, preso pela PIDE, Paulino Moisés, morto em 1969, Samuel Chivala (Mwanangola), que se rendeu a UPA/FNLA em 1969, Samuel Chiwale e Tiago Sachilombo, que se rendeu aos portugueses também em 1969.

A estes Heróis para a missão de penetração para o interior de Angola e da construção da primeira Base Revolucionária de Apoio as Guerrilhas, juntaram-se em Dezembro de 1965 e Janeiro de 1966  os companheiros Samuel Piedoso Chingunji conhecido por Kapesi Kafundanga, Salomão Mundisa, Francisco Kulunga, Dinis Epalanga, João Kanuela, Francisco Maho, Kambonde, Toveka e Agostinho Joaquim.

Instalada a guerrilha, passou-se para a fase da criação das Frentes Político-militares numa área vasta que permitisse melhor mobilidade para se facilitar a expansão e consolidação da Base Revolucionária de Apoio as Guerrilhas.

Criou-se a Frente Teixeira de Sousa com a designação do companheiro Nicolau Chiyuka que foi preso logo no início e liberto depois de sofrer cadeias e torturas. Frente Kalunda (Kazombo) com a designação dos companheiros Jeremias Kussia preso logo no início e Jacson Fungamesso. Frente Luvuei designado comandante o companheiro Isaías Massumba que fez um trabalho de organização e mobilização notável que veio permitir a 13 de Março de 1966 a realização do Primeiro Congresso constitutivo da UNITA. Frente Mavinga (Kwandu Kubangu) com Francisco Kulunga como comandante e Nicolau Chiyuka como Responsável Político (depois de ter sofrido duas cadeias).

A Frente Lumbala Nguimbu com a designação dos companheiros Samuel Chiwale, Salomão Mundisa e João Kanuela com missão de estabelecer ligações com as Frentes do Luvuei, Mavinga e fronteira da Zâmbia e finalmente a Frente Luso activada depois de falhadas as duas tentativas de implantação na Frente Teixeira de Sousa e foram designados os companheiros José Kalundungu e mais tarde o companheiro David Jonatão Chingunji Samwimbila com a missão de se influenciar a adesão do povo da capital do destrito do Moxico, Luso e forçar a expansão para a Lunda.

Simultâneamente as FALA passam para a internacionalização da UNITA como Movimento de Libertação. A partir de Maio de 1966, os portugueses apercebendo-se do trabalho de organização e mobilização de actividades subversivas nas diferentes frentes, passam para a ofensiva que provoca refugiados na Zâmbia reconhecidos pelo Alto Comissáriado das Nações Unidas para os refugiados como sendo refugiados da UNITA.

As estruturas da UNITA e das FALA consolidam-se e a partir desta constatação são planeados ataques mais ousados aos postos de Kassamba a 4 de Dezembro de 1966 sob comando do Dr. Savimbi e Teixeira de Sousa. Esses ataques cimentaram a confiança das populações na UNITA e permitiram a consolidação da consciência de luta dos angolanos e bem como a internacionalização da UNITA como Movimento de Libertação de Angola em guerra contra o governo facista português.

A evolução na organização e mobilização para implantação dos Comités Locais da UNITA pelas FALA nas Frentes então criadas, testado pelos ataques bem sucedidos as tropas portuguesas em Kassamba e Teixeira de Sousa, levou o Dr. Savimbi a elevar para outro nível de organização militar a estrutura territorial e de comando das FALA com a criação das Regiões Militares:

- Região Militar sob comando de Isaias Massumba e José Kalundungu, compreendendo as áreas do Lumai, Lukusse, Lutembo, Luonze, Kassamba, Mwangay e Saliente do Kazombo. Foi nesta Região Militar onde tombou em combate o Alto Comandante das FALA a 22 de Fevereiro de 2002 e naquela altura era conhecida por Região Militar 37.

- Região Militar sob comando de Samuel Chivala (Mwanangola) e Mateus Banda, compreendendo as áreas do Lewa, Lumege, Sandando, Boma, Luso, margem esquerda Lugue-Bungu até ao rio Kwanza;

- Região Militar sob comando de David Jonatão Chingunji (Samwuimbila), compreendendo as áreas de Teixeira de Sousa, Kassai, Nova Chaves (Mukonda), Kazage, Muriege, Saurimo, Ndala e Buçaco e tendo a leste a fronteira com o Kongo, a nordeste Henrique de Carvalho (Saurimo) e a oeste a estrada Luso (Luena)/Saurimo;

- Região Militar sob comando de Samuel Piedoso Chingunji (Kapessi Kafundanga-foi antigo furriel no exército português), compreendendo as áreas do Luma Kassai, Mona Kimbundu, Kakolo, Kukumbi, Alto Chikapa e Kapenda Kamulemba;

5ª- Região Militar sob comando de José Samuel Chiwale, compreendendo as áreas do Chiume, Ninda, Gago Coutinho, Sessa, Kangamba, Kangombe, Muie, Tempue, sul CFB, rio Kwanza até a oeste de Katota;

6ª- Região Militar sob comando de Francisco Kulunga, compreendendo as áreas de Nerriquinha, Rivungu, Luyana, Mukussu, Kutuilo, Lupire, Mavinga, Kuito Kuanavale até Menongue.

Esta odisseia das FALA teve em todos os momentos a presença de mulheres que muito cedo integraram as guerrilhas e exercendo papéis de apoio administrativo, logístico e de produção agricola. As primeiras mulheres a integrar as guerrilhas foram; Júlia Mukumbi, Saliya Mukumbi, Ekniz Malembo, Desiana Vinona, Nachinoya Cristina, Amélia Mukumbi, Verona Vindundu, Laurinda Chissako, Isalina Kawina (foi a primeira presidente da LIMA), Isabel Kayeye, Salomé Epolua, Eunice Sapassa, Augusta Sakwanda, Catarina Nacheya, Nakapasso Sakwanda, Adelina Chikwama, Celestina Kayeye, Maria Namukumbi, Teresa Celeste e Juliana.

Em 1968, a UNITA realiza a primeira Conferência Anual em Chatuika que traça a linha política a seguir pelo Movimento e a estratégia a ser seguida pelas FALA. Foram, nesta Conferência Anual, nomeados para posições de comando os companheiros Kapessi Kafundanga como Chefe do Estado Maior das FALA, Mwanangola como Comissário Político das FALA, função que não chegou de exercer por ter negado e José Samuel Chiwale como Comandante Geral das FALA.

Aos 25 de Dezembro de 1968 são promovidos para os postos de oficiais superiores de Major o Dr. Jonas Malheiro Savimbi Presidente do Movimento e Alto Comandante das FALA, Miguel N’Puna Secretário Geral do Movimento, José Samuel Chiwale comandante geral das FALA, José Kalundungu, Kapesi Kafundanga CEMG das FALA, Samuimbila comandante da Região Militar, Samuel Chivala Mwanangola e Tiago Sachilombo. Na mesma ordem de promoções outros foram promovidos para capitães, descendo até ao nível de sargentos.

As Regiões Militares então criadas consolidaram o território de apoio as guerrilhas o que levou ainda em 1968 a formarem-se as três Bases de Apoio as Guerrilhas. A primeira Base de Apoio as Guerrilhas compreendia as áreas de Kangamba, margem direita do rio Lungue-Bungo e vias de ligação com a Zâmbia sob direcção de Miguel N’Puna.

A segunda Base de Apoio compreendia as áreas da margem esquerda do rio Lungue-Bungo, áreas do Luando, Luso, Sautar, era também conhecida por Base Piloto pelas razões de ser dirigida pelo Presidente do Movimento, pela presença de populações com alguma evolução social, pelo CFB como alvo estratégico e postos administrativos coloniais muito mal defendidos.

A terceira Base de Apoio era dirigida pelo Comandante Geral das FALA José Samuel Chiwale e compreendia as áreas de Memongue, Umpulo, Mutumbo, Alto Kuito, Luyonde e Munhango.

Nestas Bases de Apoio desenvolveu-se a actividade de autosuficiência alimentar através da agricultura, pesca, apicultura e caça. Organizaram-se inicialmente quatro escolas com os companheiros Rodrigues, David, Pedro Prego, Eunice Sapassa, Augusta Sakwanda e Mário Chilulu Cheya como professores. Até 1970, as escolas tinham-se espalhado por todo território consolidado das guerrilhas.

A saúde passou a merecer especial atenção em função dos combates, originando a criação de um Hospital Central na segunda Base de Apoio na área do Volonguelo onde chegaram a ser feitas pequenas cirurgias e amputações como foi o caso dos companheiros Carlos Kandanda, Afonso Jimbu, João Lutukuta e João Kavikelekete. Este Hospital foi dirigido pelo enfermeiro Eduardo Sakwanda.

Nestas Bases de Apoio foram treinadas as primeiras quatro companhias pelo Dr. Savimbi. A primeira companhia de Caçadores Especiais conhecida por “Panteras Negras” operou sob comando do Major Samwimbila na Primeira Base de Apoio. A segunda e quarta companhias também na primeira Base de Apoio. Finalmente a terceira companhia colocada na terceira Base de Apoio.      

A clandestinidade foi um ramo bastante desenvolvido pelas FALA desde os tempos de implantação das guerrilhas nas proximidades da cidade do Luso e em Luanda pelos guerrilheiros presos.

Até Novembro de 1967, a lista de membros das células clandestinas de Luanda tinha os seguintes nomes: José Maria Moreira Coelho (presidente do comité clandestino da UNITA em Luanda), Honório Vandúnem de Andrade (secretário), Isaías Celestino Chingunfu, Emília da Natividade Silva, Eduardo Daniel Nunda, Júlia Sangumba, Ribeiro, José Santana (da Terra Nova), Jaime João Valentim Chitonho, João Evangelista Kavimbi, Isaac Sangumba, Roberto Chambingo, Marcos Celestino, Alfredo Mariano Kaputu, Israel Kanjaya, Vieira Elambo, Isabel Balombo Solunga, Rita Alexandre, Maria Rodrigues Kalivangue e Domingos.

Alguns membros destas células clandestinas no Luso e Luanda chegaram a ser presos, cumprindo cadeias em diferentes localidades, sendo: Cadeia do Tarrafal, Eduardo Jonatão Chingunji, César Pedro Kaliengue, Pedro Gonçalves Chimbinda, Lothe Sachikwenda Guilherme, Joel Pessoa, Mário Jamba, Eduardo Sá Moura da Cruz, Nataniel Alfredo Sanekavo, Armando José Chilala, Teodoro Katikilu, Daniel Kassoma Samanda, Afonso Figueiredo, Manuel Chitombi, César da Silva Teixeira; Lothe Soares Sanguiya, João Kahuiyu, Artur Menezes Chinguli, Aurélio Garcia, João Kawawa (estafeta que manteve a ligação cidade/mata), Tiago Pedro, Evaristo Armando e Abraão Kachumbo. Alguns presos em São Nicolau: Afonso Ulika, Domingos Sapusso Avelino, 5 filhos da familia Chingunji, Violeta j. Chingunji, Jeremias (o sinaleiro), Manuel Ekongo, Eduardo Alicerces, Gaspar Avelino Chitulo, Frazão, Kapuepue, Evaristo Miúdo, Silva e Sousa, David Benuar, Chiembele Livingui, Martins Sachole, Filipe Diamantino, Malaquias, Tiago Martinho Epalanga, Tiago Epalanga, Felizberto Gingo e outros.

Assim fica demostrada em sintese a trajectória da missão das FALA na conquista da independência. Até 25 de Abril de 1974 era a única Força Armada organizada e viva que se encontrava no interior de Angola junto o seu Alto Comandante Dr. Jonas Malheiro Savimbi, seu Comandante Geral José Samuel Chiwale, todos comandantes das Regiões Militares, órgãos de apoio e comandantes de unidades.

O testemunho das FALA resiste na sua insígnia bem implantada no fundo de cada um de nós. Esta insígnia de fundo vermelho e uma estrela negra no canto superior esquerdo ilustra bem o sacrifício inegável que tinha de ser consetido no seu papel fronteiriço de “expressão em força da frustração do nosso povo” na busca da independência e liberdade.

Em Angola e durante oito anos de 1966 a 1974, as FALA estiveram na vanguarda desta luta que parecia ser desigual, mas que demostrou ser a mais correcta pelo cariz de orientação política, ideológica e estratégica, inteligência e sagacidade incomparável do seu mentor o Dr. Jonas Malheiro Savimbi. Que muito cedo percebeu os ventos de mudança na política portuguesa em relação a guerra colonial e tendo por isso se antecipado na estratégia das negociações com Portugal e os outros dois Movimentos de Libertação.

As FALA, ficaram extintas através dos Acordos de Bicesse em 1991. Mas fixaram-se na História de Angola através da Sua independência a 11 de Novembro de 1975 e através do Estado Democrático e de Direito em 1992 com as primeiras eleições democráticas de Angola independente.

As FALA, deixaram o seu traço ao transmitirem a sua identidade as FAA (Forças Armadas Angolanas), aos militantes da UNITA e aos angolanos que continuam com a missão de fazer de Angola um país unido e próspero. Este traço é o seu legado que tem por pano de fundo a imagem filosofico-ideológica e política de Jonas Malheiro Savimbi.

Unidos venceremos!
Muito Obrigado!