Lisboa – Tchizé dos Santos, a filha do Presidente José Eduardo dos Santos está a ser conotada a um grupo que presta assessoria de comunicação ao governo angolano que recentemente materializou a ideia antiga do regime em avançar com um projecto de comunicação social na internet, neste caso o portal “Rede Angola”
Fonte: Club-k.net
Portal registado pela empresa da filha do PR
No dia 27 de Fevereiro de 2014, uma equipa sob alçada do publicitário e produtor cultural brasileiro, Sérgio Guerra e Cristiana Ribeiro registaram o portal “Rede Angola”, em nome da Maianga Produções Culturais Ltda, uma empresa de marketing e produção cultural da qual Tchizé dos Santos é co-proprietaria.
Sérgio Guerra o mentor do projecto “Rede Angola” trabalha desde a década de noventa ao serviço do governo Angolano iniciando com os programas de propaganda televisão “Angola em Movimento” que ajudaram, ao tempo do conflito armado, a denegrir a imagem da UNITA de Jonas Savimbi.
“Em 1997, (Sérgio Guerra) começou uma mudança gradual para Angola, a convite do governo angolano, para desenvolver um programa de comunicação para o país. Em 2000, funda a Maianga Produções Culturais, em Salvador, empresa que atua em segmentos diversos do mercado cultural, produzindo espetáculos, livros, discos e vídeos”, pode-se ler no seu site "Sergioguerra.com"
Um dos principais entusiasta do projecto “Rede Angola”, é José Manuel Feio Mena Abrantes, actual Consultor do Presidente da República para os Assuntos de Cultura e Ciências. Menas Abrantes esta ligado a Sérgio Guerra através da empresa de assesoria de marketing, a M’Link que tem este publicitário brasileiro como Presidente
De acordo com conhecimento, o Ministério da Comunicação social, dispõem anualmente a quantia de 23 milhões de dólares a empresa M’Link para desenvolvimento de projectos de comunicação e propaganda da imagem do governo ou feitos do Presidente José Eduardo dos Santos. É através deste fundo que Sérgio Guerra, - o sócio brasileiro de Tchizé dos Santos e de Mena Abrantes - desenvolve os novos “programas de comunicação” que abrange a internet.
O “Rede Angola”, por exemplo é agora tido como o órgão que organizado e que melhores salários oferece aos seus funcionários. Dispões de duas redações, uma em Lisboa e outra em Luanda, na zona do Talatona.
Segundo estimativas a redação do “Rede Angola”, em Luanda, gasta cerca de 120 mil dólares por mês para suportar as suas despesas que se estende a salários de jornalistas e fotógrafos vindos de Portugal. Os salários dos Jornalistas ronda entre 5 a 10 mil dólares por mês.
Para dar credibilidade ao projecto foram convidados colunistas independentes de referencia como José Eduardo Agualusa, Reginaldo Silva, António Tomaz, Luísa Rogério e um emblemático cartoonista angolano, Sérgio Piçarra.
Em meios adversos ao regime em Luanda, encaram a criação do Rede Angola, como um projecto destinado a servir de alternativa a comunidade internacional que até pouco tempo consumiam informações de portais, apresentados como “anti-regime”.
Foi notado por exemplo, que o “Rede Angola” raramente passa criticas contra o Presidente José Eduardo dos Santos. As manifestações contra o regime e que resulta em repressão policial nunca são divulgadas em primeira mão. São passadas depois de outros portais terem já passado dias depois.
O analista Carlos Alberto que acompanha este projecto jornalístico on-line, suspeita que o objectivo dos sócios de Tchizé dos Santos “é ganhar credibilidade para afastar sites independentes opostos a políticas erradas do MPLA e depois permitir a estratégia de repressão na net e virar a linha editorial para defender o pai, José Eduardo dos Santos”.